sábado, 20 de novembro de 2010

POR QUE CREIO EM DEUS?

"Diz o néscio no seu coração: Não há Deus. Corromperam-se e cometeram abominável iniquidade; não há quem faça o bem " (Salmo 53:1).
Afinal, Deus existe ou não? Esta pergunta obscurece todas as outras que a humanidade possa fazer. Se você acha que esta declaração seria de um teólogo ou de um pregador, então veja a frase encontrada em The Great Ideas Syntopicon (Temário de Grandes Idéias), um guia de estudos decisivo para a série Great Books, uma notável coleção da maior parte da sabedoria do mundo ocidental, combinada desde os tempos de Tales até o presente. Mortimer Adler declara: "Com exceção de certos matemáticos e físicos, todos os autores de Great Books estão representados no capítulo que fala sobre Deus". A razão é óbvia. Existem mais conseqüências no terreno do pensamento e da ação na afirmação ou na negação de Deus do que em se responder a qualquer outra pergunta, por fundamental que seja.
A vida do homem em sua inteireza é afetada pelo fato de o homem se considerar o ser supremo do universo ou reconhecer que existe um ser supra-humano que é objeto de seu amor ou seu medo, uma força a ser desafiada ou um Senhor a ser obedecido. Neste nosso tempo, em que o ateísmo militante está em marcha, espalhando-se como um micróbio mortífero através do mundo, temos que considerar o significado desta pergunta e as evidências da existência de Deus.
Talvez uma das idéias mais comuns na mente da maioria dos sofisticados americanos é de que a ciência refutou a existência de Deus, ou como Julian Huxley disse, eles reduziram Deus "simplesmente a um evanescente sorriso do gato no conto Alice no País das Maravilhas." Mas a ciência destruiu a crença na existência de Deus? No seu livro “Deus, o Átomo e o Universo”, James Reid declara: "A ciência está preparando uma surpresa para a humanidade! Pelo menos será uma surpresa para aqueles que têm dúvidas sobre a Bíblia e sobre o Deus da Bíblia. Virá também essa surpresa para aqueles que se submetem à idéia errônea de que a ciência diminuiu o valor da Bíblia. Na realidade, poderá até chocar alguns cientistas, que podem ficar assombrados ao descobrir que um fato novo revelado ou uma teoria aceita por eles provê mais um elo na cadeia de evidências que mostram que os fatos do universo sustentam as declarações bíblicas — inclusive a criação." Esse autor diz mais, que durante anos, como homem de ciência, tinha procurado descobrir apoio na Bíblia para a física clássica, a física newtoniana, e não o tinha encontrado.
Ao chegarmos ao século vinte, a antiga física clássica deu lugar à física quântica, à teoria atômica, e um conceito completamente novo sobre o universo veio à tona. Quando a teoria da relatividade de Einstein revelou a íntima relação entre massa e energia, ele repentinamente observou que as novas descobertas da ciência estavam estabelecendo os ensinamentos das Escrituras. Os fatos do universo estão sendo progressivamente apoiados pelas descobertas científicas e as conseqüências disso são incalculáveis.
Vivemos dias quando é muito popular a idéia de que não existe um Deus diante de quem o homem é responsável. Eu creio que esse pensamento é a causa da enorme incidência do crime, assassinatos, estupros, roubos e todos os males imagináveis encontrados na nossa sociedade hoje.
Eu já ouvi dezenas de homens, que supostamente deveriam ter algum conhecimento do assunto, discutirem uma grande variedade de remédios para a situação, e fico surpreso de sua incrível cegueira. Eles parecem não reconhecer que a agressiva negação do Deus da Bíblia é a causa de se tornarem os homens cada vez mais animalescos. Ensine-se aos homens que eles são animais e com o passar do tempo eles vão agir como animais.
E. L. Woodward, professor de História Moderna na Universidade de Oxford, afirma o seguinte: "Os valores de nossa herança ocidental, a justiça, a misericórdia, a bondade, a tolerância, a abnegação, são incompatíveis com o materialismo...", entendendo-se o materialismo como uma visão do universo de que não existe nada mais que a matéria — nada de alma, espírito — Deus não existe. "Se posso tomar emprestada uma frase bem conhecida sobre o Estado (que por sua vez ele toma emprestada de Marx), esses valores murcharão numa cultura materialista." Esse professor diz mais que "não faz sentido falar de direitos do homem numa sociedade materialista: é como se alguém fizesse um apelo ao Oceano Atlântico."
Por acaso os cientistas provaram que Deus não existe? Não existe nenhum ramo da ciência que examine maior porção da obra de Deus do que os astrônomos. Assim diz a Escritura: "Os céus proclamam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos" (Sl. 19:1). "Pois os seus atributos invisíveis... são claramente vistos desde a criação do mundo" (Rm. 1:20). Noventa por cento dos astrônomos de nossos dias acreditam em Deus! Aqueles que examinaram mais profundamente as obras das mãos de Deus acreditam nele. Essa percentagem é maior entre os astrônomos do que entre açougueiros ou fabricantes de candelabros. Aqueles que têm olhado com mais assiduidade para a obra da criação e observam as maiores distâncias que o homem já alcançou concluíram que a mão que fez tudo isso é divina.
Pierre Simon de La Place, um dos maiores dos nossos astrônomos, disse que a prova a favor de um Deus inteligente como o autor da criação está como o infinito contra um, considerando-se qualquer outra hipótese de causação final; que é infinitamente mais provável que um conjunto de escritos lançados a esmo sobre o papel produzisse a Ilíada de Homero, do que o universo ter uma outra causa além de Deus. Esta evidência a favor de Deus em oposição às evidências que se apresentam contra ele como Criador do universo é como o infinito diante da unidade; não dá nem para se medir.
Há muitos e diferentes argumentos a favor da existência de Deus. Um desses é conhecido como argumento cosmológico. Embora Kant e Hume tenham atacado vários argumentos clássicos a favor da existência de Deus, eles o fizeram sem evidências adequadas, sem suficientes provas para refutá-los. Considerando-se que as provas teístas não são matemáticas (são na realidade argumentos de esmagadora probabilidade), esses argumentos mesmo assim permanecem, e nossa mente ainda reconhece neles evidências do Divino Criador.
Sir James Jeans, um dos maiores astrônomos modernos, disse que quanto mais ele examinava as vastas expansões do espaço e a tremenda complexidade dessas coisas, mais o universo lhe parecia um gigantesco pensamento de um grande matemático.
O argumento cosmológico vem do termo cosmos, que significa o universo, e é desse termo que obtemos nossa palavra cosmética. Significa algo que está bem ordenado e belo. E existe tanta coisa que evidencia ordem, que seria impossível fazer uma lista de todas elas. A física quântica já demonstrou que, a nível de partículas sub-atômicas, existe um impulso irresistível por parte dos elétrons para a simetria e que há um admirável aspecto "cosmético", isto é, de beleza do universo. Um autor disse que a natureza é um grande arquiteto, dando a entender que a natureza é Deus. E é também grande astrônomo, grande químico, fisiologista, psicólogo e matemático, demonstrando um incrível conhecimento dos fatos das várias ciências da humanidade, as quais dizem exatamente a mesma coisa.
Existe também o argumento teleológico. A palavra grega teleíos significa fim, finalidade; teleologia é aquele conceito filosófico que observa que no universo as coisas foram preparadas com um determinado propósito, para uma finalidade. Os ateus e evolucionistas (eles são quase invariavelmente os mesmos) detestam as palavras, propósito e teleologia, porque eles acreditam que o mundo não tem propósito. Eles acreditam que é tudo é um acidente gigantesco, simplesmente uma arrumação de átomos que aconteceu se juntarem por acaso.
Embora as pessoas possam dizer que as coisas existam de uma forma incrivelmente complexa e que isso é a única razão por que estamos aqui, é difícil para a mente humana desconsiderar a fantástica quantidade de evidências de que alguém tem estado a providenciar nosso bem-estar.
Consideremos a massa e o tamanho do planeta em que fomos colocados. São o tamanho e massa exatamente certos. O Dr. Wallace diz que se a terra fosse dez por cento maior ou dez por cento menor, a vida seria impossível sobre a face da terra. Além disso, também a distância do sol é a distância certa, pois é por isso que recebemos a quantidade certa de luz e de calor. Se estivéssemos mais afastados iríamos congelar-nos e se estivéssemos mais perto (como Vênus ou Mercúrio) não sobreviveríamos.
Consideremos a inclinação do eixo da terra. Nenhum outro planeta tem seu eixo inclinado assim — 23 graus. Esse ângulo dá condições para que todas as partes da terra sejam lentamente atingidas pelos raios solares, como um frango que está sendo assado numa churrasqueira. Se não houvesse essa inclinação no eixo terrestre os pólos acumulariam uma imensa massa de gelo e as partes centrais, expostas continuamente ao sol, seriam quentes demais.
Outro aspecto surpreendente do nosso relacionamento no sistema solar é a existência da lua. Muitas pessoas não reconhecem o fato de que sem a lua seria impossível viver neste planeta. Se alguém conseguisse arrancar a lua de sua órbita, toda a vida cessaria em nosso planeta. Deus nos deu a lua como uma criada para limpar o oceano e as praias de todos os continentes. Sem as marés originadas por causa da lua, todas as baías e praias se tornariam em poços fétidos de lixo e seria impossível viver perto delas. Devido às marés, ondas contínuas se quebram sobre as praias, promovendo a aeração dos oceanos da terra, provendo de oxigênio as águas para a sobrevivência do plâncton, que é a base da cadeia de alimentos do mundo. Sem o plâncton não haveria oxigênio e o homem não poderia viver sobre a face da terra. Deus fez a lua do tamanho certo e a colocou à distância exata da terra para realizar essas outras numerosas funções.
Existe também a maravilha da atmosfera terrestre. Vivemos sob um imenso oceano de ar — 78 por cento de nitrogênio, 21 por cento de oxigênio e mais 1 por cento constituído de quase uma dúzia de outros elementos. Os estudos espectrográficos de outros planetas dos sistemas estelares do universo demonstram que não existe outra atmosfera, nenhuma parte do universo conhecido que seja feita desses mesmos ingredientes, nada com uma composição parecida. Esses elementos não estão combinados quimicamente, mas são misturados mecanicamente de modo contínuo, pelo efeito tipo maré causado pela movimentação da lua. É o mesmo efeito causadoras águas dos mares e quase sempre a mesma quantidade de oxigênio.
Embora o homem descarregue uma tremenda quantidade de dióxido de carbono na atmosfera, isso é absorvido pelos oceanos e o homem pode assim continuar vivendo neste planeta. Se a atmosfera não fosse tão espessa ou alta como ela é, nós seríamos esmagados pelos bilhões de pedaços do lixo cósmico e de meteoritos que caem continuamente sobre nosso planeta.
Consideremos também o fantástico ciclo do nitrogênio. O nitrogênio é um elemento extremamente inerte — se não fosse, nós seríamos todos envenenados por diversos compostos de nitrogênio. No entanto, por ser ele inerte, é impossível combiná-lo naturalmente com outros elementos. O nitrogênio é de vital importância para as plantas sobre a terra. Como é que Deus faz para transferir o nitrogênio do ar para o solo? Ele usa os relâmpagos! Cerca de cem mil raios ferem o solo diariamente, criando anualmente cem milhões de toneladas de nitrogênio útil como alimento das plantas.
A 60 quilômetros de altura existe uma camada fina do ozônio. Se essa camada fosse comprimida, seria reduzida a uns seis milímetros de espessura, e no entanto sem ela não haveria vida sobre a face da terra. Oito tipos de raios mortíferos caem sobre a terra continuamente, provenientes do sol; sem essa camada de ozônio, nós seríamos queimados, ficaríamos cegos, seríamos torrados em um ou dois dias. Os raios ultravioletas são de duas qualidades: os raios mais longos, que são letais, são rechaçados, e os raios mais curtos, que são necessários à vida na terra, são admitidos pela capa de ozônio. E além disso, a camada de ozônio permite a passagem do mais mortífero dos raios, mas em quantidade mínima, apenas o suficiente para matar as algas verdes, que de outra forma cresceriam e encheriam os lagos, rios e oceanos do mundo.
Quão pouco reconhecemos o que Deus está continuamente fazendo para nos prover a existência. Podemos ver que vivemos sob a cobertura de uma fina camada de ozônio que nos protege de um bombardeio de raios que não vemos, mas que constantemente caem sobre nossas cabeças. Debaixo de nossos pés existe uma fina crosta de rocha, mais fina que a casca da maçã, comparativamente. Sob essa camada está a lava derretida que forma o núcleo do nosso planeta. Assim é que o homem vive entre os ardentes e enegrecedores raios em cima a lava derretida embaixo; qualquer um dos dois seria capaz de torrá-lo. Mesmo assim o homem vive totalmente alheio ao fato de que Deus arranjou as coisas de modo a ser possível ao homem viver neste mundo.
Temos também a maravilha da água. Em lugar nenhum no universo, encontramos água em quantidade, como encontramos na terra. Água, o elemento deslumbrante solvente, dissolve quase tudo sobre a face da terra, menos aquelas coisas que sustentam a vida. Esse líquido maravilhoso existe como gelo, quebra rochas e produz solo. Sob a forma de neve, a água armazena-se nos vales. Como chuva, molha e limpa a terra. Como vapor, fornece umidade para a maioria das terras aráveis. Ela existe como uma cobertura para a terra, na quantidade exata.
Se tivéssemos nuvens como Vênus, a terra não poderia existir. Mas nós temos invariavelmente 50 por cento da superfície da terra coberta por nuvens em qualquer momento, o que nos permite receber a quantidade certa de luz solar. Como vapor, a água movimenta poderoso maquinário que existe no planeta. Além do bismuto, é o único líquido que é mais pesado a 4ºC do que quando está congelado. E se não fosse assim, não haveria vida sobre a terra, pois congelada ela é mais leve e flutua. Se não fosse assim, os lagos e rios se congelariam de baixo para cima, matando todos os peixes. As algas seriam destruídas e nossa fonte de oxigênio cessaria — a humanidade morreria.
Até mesmo a poeira tem uma incrível função em favor da humanidade. Se não fosse a poeira, jamais veríamos um céu azul. A 27 quilômetros de altura não há mais poeira da terra e o céu é sempre negro. Se não fosse a poeira, não haveria chuva nunca. Uma gota de chuva é feita de 8 milhões de minúsculas gotículas e cada uma dessas 8 milhões de gotículas envolve uma ínfima partícula de pó. Sem elas o mundo ressecaria e a vida cessaria.
Nos seres humanos há muitas coisas que nos dizem que fomos criados por Deus. Nossa vida se baseia no sangue que corre em nossas veias. O maravilhoso glóbulo vermelho, criado na medula óssea, desprende o seu núcleo quando atinge a corrente sanguínea. Para qualquer outra célula isso significaria a morte, algo como retirar o coração do homem. O glóbulo vermelho tem a forma semelhante a um pneu, ou a uma rosquinha, com uma tênue membrana a atravessar-lhe o vão interno. Sem seu núcleo ele é capaz de carregar mais oxigênio para o corpo, devido a essa membrana e à sua forma. Se ele tivesse a forma das demais células, seria necessária uma quantidade nove vezes maior para prover oxigênio para o corpo humano.
Temos a maravilha das maravilhas: o olho humano! Como pode alguém observar o olho humano e admitir que ele surgiu por acaso? Os evolucionistas nos dizem que onde houver uma necessidade a natureza vai providenciar o que é necessário. Você pode imaginar que nós precisávamos da visão? Ninguém nunca tinha visto nada, mas havia necessidade de se ver alguma coisa. Então a natureza criou o olho. Imagine, criou dois olhos no plano horizontal, de tal modo que não apenas podemos ver, mas temos também um telêmetro que determina as distâncias.
Você já imaginou o que acontece com suas lágrimas que continuamente fluem pelo seu olho? O Dr. William Paley escreveu uma obra clássica intitulada Teologia Natural, na qual ele discute o olho. "A fim de conservar o olho umedecido e limpo — qualidades necessárias ao seu brilho e para sua utilização — ele é lavado constantemente por meio de uma secreção destinada a esse fim; e a salmoura excedente é levada para o nariz, através de uma perfuração no osso, da grossura de uma pena de ganso. Quando a secreção chega ao nariz, ela se espalha sobre a superfície interna da cavidade nasal e é evaporada pela passagem do ar quente que o curso da respiração lança continuamente sobre ela... É fácil perceber-se que o olho deve precisar de umidade; mas poderia essa necessidade do olho gerar a glândula que produz a lágrima, ou cavar o orifício por onde ela é descarregada — um buraco no osso?”
Que o ateu ou o evolucionista nos diga quem cavou o buraco no osso e colocou ali o encanamento para a dispersão de nossas lágrimas. Sir Charles Scott Sherrington, famoso fisiologista inglês de Oxford, que escreveu uma obra clássica sobre o olho disse: "Por trás do intrincado mecanismo do olho humano há vislumbres assombrosos de um plano-mestre."
Quando confrontado com a escuridão, o olho humano aumenta cem mil vezes a sua capacidade de ver. A câmera mais admirável jamais feita nem sequer vagamente se aproxima de uma coisa tal, mas o olho humano faz isso automaticamente. Além disso, o olho humano encontra o objeto que ele quer ver e o focaliza automaticamente. Ele se alonga e se comprime a si mesmo. Ambos os olhos se movimentando juntos tomam ângulos diferentes para se fixarem naquilo que se há de ver.
Quando o olho estava pronto para criar-se a si mesmo, teve também a previsão de proteger-se e construiu-se debaixo da saliência óssea do sobrolho, e também providenciou um nariz sobre o qual poderiam ser pendurados os óculos, de que a maioria de nós precisa. E providenciou também uma maneira de poder se fechar, a fim de se proteger contra objetos estranhos.
Finalmente, poderíamos mencionar a incrível mente humana. Sir Henry Fairfield Osborn, o famoso antropologista moderno, disse: "Para mim, o (cérebro) humano é o mais maravilhoso e misterioso objeto de todo o universo." Pensando apenas cerca de um quilo e meio, ele é capaz de fazer o que 500 toneladas de equipamentos elétricos e eletrônicos não podem fazer. Contendo cerca de 10 a 15 bilhões de neurônios, cada um deles um organismo vivo em si mesmo, ele realiza façanhas que intrigam a própria mente."
O Dr. H. M. Morris disse: "Portanto, os homens que rejeitam ou ignoram a Deus o fazem não porque a ciência ou a razão requeira que o façam, mas pura e simplesmente porque querem fazê-lo". As Escrituras dizem: "E assim como eles rejeitaram o conhecimento de Deus, Deus, por sua vez, os entregou a um sentimento depravado..." (Rm. 1:28).
Não apenas estas são razões convincentes para se crer na existência de Deus, mas eu creio em Deus porque creio em Jesus Cristo. As profecias, seu nascimento, vida e milagres, seus ensinos, sua morte e ressurreição e a realização contínua daquelas coisas que ele disse que faria me convencem que Deus vive e que viveu em Jesus Cristo, e mais ainda: que agora mesmo pode transformar pessoas.
No seu best-seller Through the Valley of the Kway, Ernest Gordon fala de soldados americanos capturados pelos japoneses na Península de Malaca, que foram torturados e submetidos à fome. Eles se tornaram um grupo de animais que se arranhavam uns aos outros. Finalmente as coisas ficaram tão ruins que eles decidiram começar a ler o Novo Testamento. Ernest Gordon, que tinha grau universitário, leu para eles o Novo Testamento e esses homens se converteram ao Deus vivo, por meio de Jesus Cristo. Essa comunidade de animais se transformou numa comunidade de amor, porque Deus vive e ele vive em Jesus Cristo.
E Cristo está pronto a viver no coração daqueles que confiam nele. Essa alegria, essa paz, essa vida transformada e essa segurança de vida eterna é o que Cristo oferece àqueles que puserem sua confiança na sua morte vicáría. O que tem o incrédulo a oferecer? Um desses incrédulos, W. O. Saunders, escreveu na revista American Magazine: "Eu quero lhes apresentar uma das pessoas mais solitárias e infelizes do mundo. Eu estou falando a respeito do homem que não acredita em Deus. Eu posso apresentar-lhes um homem assim porque eu sou um deles, e me apresentando vocês estarão sendo apresentados ao agnóstico ao cético de sua própria vizinhança, porque ele está em toda parte. Você vai se surpreender com o fato de que o agnóstico inveja a sua fé em Deus, a sua crença nos céus e na vida futura, e sua abençoada certeza de encontrar-se com seus amados numa vida em que não existirão tristeza e dor. Ele daria tudo para possuir uma fé assim e ser confortado por ela. Para ele só existe a sepultura; a única coisa que permanece é a matéria. Depois da sepultura, a única coisa que ele vê é a desintegração do protoplasma e de sua vida psíquica. Mas nessa visão materialista eu não encontro nem êxtase nem felicidade.
O agnóstico pode enfrentar a vida com um sorriso ou com uma atitude heróica. Ele pode apresentar uma fachada de coragem, mas ele não é feliz. Pode pôr-se em espanto ou reverência diante da vastidão e majestade do universo, sem saber a origem de si mesmo e nem por que veio a este mundo. Ele fica consternado diante do espaço estupendo e do tempo infinito, sente-se humilhado por sua pequenez infinita, é conhecedor de sua fragilidade, fraqueza e brevidade. Certamente algumas vezes ele suspira por um cajado em que se apoiar. Ele também carrega uma cruz. Para ele este mundo é uma jangada manhosa à deriva nas insondáveis águas da eternidade, sem horizonte à vista. Seu coração dói por cada vida preciosa embarcada nessa jangada — vagando, vagando, vagando, ninguém sabe para onde."
Eu creio em Deus. No entanto, crer nele não é suficiente, pois até o Diabo crê em Deus e estremece. E preciso não apenas crer que Deus existe, mas também crer que ele se encarnou em Jesus e que morreu por nossos pecados. Precisamos crer e nos arrepender de nossos pecados e nos lançar aos pés de Jesus. Precisamos confiar em Jesus, na sua morte vicária pela nossa salvação. Se não fizermos isso, teremos que enfrentá-lo como Juiz na sua ira, naquele grande dia.
Eu creio nele e sei que ele está vivo. Ele vive em meu coração e já me garantiu a certeza de que viverei com ele para sempre. É meu desejo sincero que essa mesma certeza possa ser sua, se é que você ainda não a possui.
Você já confia nele?
Texto extraído do livro “Por que Creio”, de D. James Kennedy

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