sábado, 3 de setembro de 2016

SALVAÇÃO: POSSIBILIDADE OU REALIDADE?

“e diziam à mulher: Já agora não é pelo que disseste que nós cremos; mas porque nós mesmos temos ouvido e sabemos que este é verdadeiramente o Salvador do mundo” – João 4.42
 Um salvador não é alguém que “possibilita” a salvação; não. Um salvador é alguém que efetivamente salva. Cristo não morreu tão somente para possibilitar  nossa  salvação, mas,  para efetivamente nos salvar. É assim que as escrituras ensinam quando tratam da obra do Salvador. Ela não é uma possiblidade, é uma realidade; não é uma especulação, mas, um fato. Veja o Salmo 40.1,2: “Esperei confiantemente pelo SENHOR; ele se inclinou para mim e me ouviu quando clamei por socorro. Tirou-me de um poço de perdição, de um tremedal de lama; colocou-me os pés sobre uma rocha e me firmou os passos.”
Um dos grandes males dos nossos dias é que boa parte dos crentes não sabe “o que” Cristo realizou por eles. Pensam que Jesus só “colocou uma ponte entre o abismo, e agora, cabe a eles atravessar”. Mas, o que a bíblia diz é que por “Alguém fomos libertados do império das trevas”; e por “Alguém”  fomos transportados para o Reino do Filho do Seu amor” (Cl. 1.13). É por isso que Paulo diz que nós, os salvos, temos a redenção, pelo seu sangue”, e temos “a remissão  (“perdão total”) dos pecados, segundo a riqueza da sua graça” (Ef. 1.7), pois, Cristo nos ressuscitou”, e “nos fez assentar nos lugares celestiais” (Ef. 2.6).
Se você tem dúvidas é porque: 1) Não lhe ensinaram; 2) Ainda não foi salvo; ou, 3) Ainda continua confiando “na carne” (Fp.3.4-8), e não na obra (efetiva) do Salvador. É a bíblia que diz: “quem crê em mim tem a vida eterna” (Jo. 6.47), e mais,  “o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele “JÁ”  permanece a ira de Deus” (Jo. 3.36).
Quero convidá-lo a desfrutar (Sl 51.12; 4.7) daquilo que o Senhor lhe dá agora, no presente: a salvação. Ele é de fato o nosso Salvador: “As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão” (Jo. 10.27,28). A salvação é uma certeza em nossa vida, é uma realidade; o Senhor no-la deu como possessão permanente (Jo. 10.18). Ela não é tão somente uma mera possibilidade, mas, uma realidade.
Concluo com João 5.24: “Quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida”.
Rev. Valdemir Oliveira dos Santos

quinta-feira, 12 de maio de 2016

SEGURANÇA E ÂNIMO NO SERVIR: RESULTADOS DA GRAÇA DO PERDÃO

“... um dos serafins voou para mim ...” (Is. 6.6)

Após contemplar a glória de Deus (Is. 6.1) o profeta Isaías disse “Ai de mim! Estou perdido...;” no entanto, algo inusitado acontece; o texto diz que “... um dos serafins voou para mim...” (v.6); isso é maravilhoso!
Os  Serafins  (seres  angelicais)  estavam “por cima” do Senhor (Is. 6.1);  o Senhor estava no seu trono. Um dos serafins deslocou-se de onde estava (trono), e foi em direção a Isaías. Este movimento angelical refere-se à Graça de Deus, que, semelhante ao brilho do sol percorre o espaço e chega à terra. A Graça procedente do próprio Deus vem em direção ao homem; não fomos em direção a Deus, Ele veio em direção a nós.
O texto descreve que este serafim trouxe uma brasa vida do altar; o resultado foi (7) “com a brasa tocou a minha boca”. O comentarista bíblico Matthew Henry aplica a ideia de “brasa viva” como sendo a obra expiatória de Cristo que produz o perdão de pecados e segurança neste perdão. Queridos, nada é poderoso para limpar os pecados, consolar e fortalecer a alma, senão aquilo que é procedente da reparação feita por Cristo. É necessário que o pecado seja retirado para que falemos com confiança e intrepidez as sublimes verdades do evangelho.
É por isso que ainda há uma sublime verdade, consequencial do fato do serafim ter voado em direção a Isaías. O texto diz “depois disto” (8), ou seja, depois do pecado ter sido perdoado, que o próprio Senhor disse: “A quem enviarei, e quem há de ir por nós?” Se eu for à sala onde do Culto Infantil e perguntar “Quem quer bala?”, todas as crianças gritarão com muito entusiasmo “Eu, Tio, eu quero!”. Isaías também disse “eis-me aqui, envia-me a mim” (Is. 6. 8)
Isaías respondeu ao Senhor, com grande alegria, ânimo e entusiasmo; seu pecado havia sido perdoado (veja o Salmo 51.7-13; 110.2). As promessas do Senhor são: “ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a lã” (Is. 1.18). Esta sólida segurança dispõe o profeta, que antes tinha impuros lábios, a proclamar a vontade do Deus triplamente Santo (Is. 6.3), pois, agora encontrava-se capacitado para proclamar as Palavras que vêm do Senhor.
O Senhor, em Cristo, desceu do céu e veio em direção a nós. Ele nos salvou, perdoou todos os nossos pecados (Cl. 2.13), e nos comissionou para proclamarmos “as virtudes daquele que nos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (1ª Pe 2.9). A reação de Isaías deve ser a nossa reação diante do perdão que nos é concedido em Cristo Jesus. É provável que uma das razões da frieza e apatia de muitos crentes, no servir, e no testemunhar a Cristo, seja o desconhecimento daquilo que já foi feito, em Cristo, a seu favor. Deus, conscientiza-nos!!

Seminarista Arnon Barcellos Louzada (2ª parte do sermão pregado na IPCRNS — 02/2016)

Texto adaptado, sem autorização, pelo Rev. Valdemir O. dos Santos

quinta-feira, 31 de março de 2016

A CONDENAÇÃO ETERNA AO INFERNO

Esconderei deles o rosto, verei qual será o seu fim; porque são raça de perversidade, filhos em quem não há lealdade... porque um fogo se acendeu no meu furor e arderá até o mais profundo do inferno...” -  Deuteronômio 32.20,23

O inferno não é fantasia, é uma realidade. Ele é a expressão do justo castigo da parte de Deus ao perverso. As imagens que o descrevem (fumaça, fogo, enxofre, verme...) advertem a todos de um sofrimento tanto intenso quanto perene (Mc. 9.43-46; Ap. 14.9-11).
O questionamento que alguns fazem é: Não é desproporcional o nível de justiça, da parte de Deus? É justo perecer toda eternidade, por alguns pecados que fizemos em alguns instantes na vida? Quem pensa assim desconsidera, pelo menos, os seguintes pontos:
1- A SERIEDADE DE NOSSOS PECADOS - O pecado é algo tão pernicioso que até aqueles que julgamos “mais inofensivos” já são suficientes para nos condenar eternamente ao inferno: “Eu, porém, vos digo que todo aquele que [sem motivo] se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento; e quem proferir um insulto a seu irmão estará sujeito a julgamento do tribunal; e quem lhe chamar: Tolo, estará sujeito ao inferno de fogo” (Mt. 5.22).
2- A GRATUIDADE, O ALTO PREÇO (PAGO POR CRISTO), E A UNIVERSALIDADE DA OFERTA DA SALVAÇÃO – A salvação é de graça (Ef. 2.8,9), mas Cristo pagou já o altíssimo preço (Is. 53,4,5); agora “oferece”, sinceramente o céu a todo que crê em sua obra. É por isso aquele que não crê já este condenado (Jo.3.36) ao inferno, agora no presente. O Juízo Final não será para conhecer os condenados; será para revelar e formalizar a condenação (Ap. 20.11-14).
3- O CARÁTER DO ÍMPIO E A CONTINUIDADE SUA PECAMINOSIDADE (MESMO NO INFERNO) - No inferno, estarão as piores figuras de todos os tempos (Rm 3.9-18); os cães, o feiticeiros, os impuros, os assassinos,  idólatras, e todo aquele que ama e pratica a mentira (Ap. 22.15). Ali estarão  o diabo, a besta e o falso profeta (Ap. 20.10), e todos aqueles que cometeram o pecado da blasfêmia contra o Espírito Santo; o qual, “não lhe é perdoado, nem neste mundo nem no porvir” (Mateus 12.31,32). Estes continuarão no “estado de pecado” eternamente; mesmo no inferno continuarão a ofender, a odiar e blasfemar contra Deus.
4 - A PRIVAÇÃO DA GRAÇA DIVINA E A IMPOSSIBILIDADE DE RETORNO POR CAUSA DO CARÁTER FINAL E DECISIVO - A condenação no inferno principia “o tempo do fim”. Não há qualquer possibilidade de “segunda chance de redenção”. Tal graça somente se aplica aos  que estão vivos no tempo presente; que estes “ouçam Moisés os profetas” (Lc. 16.27-31), e o Espírito os convencerá do pecado (Jo. 16.8). Mas, aos do inferno (Deus) disse: “... está posto um grande abismo entre nós, de sorte que os que querem passar daqui para vós outros não podem, nem os de lá passar para nós” (Lc. 16.26). O caráter desse assunto é final; é decisivo. A porta foi fechada definitivamente. Seus habitantes não podem (e não querem) retornar. Deus também não pode (Ele é justiça e equidade), nem quer retorná-los: Ponto final.

Rev. Valdemir Oliveira dos Santos