quinta-feira, 31 de março de 2016

A CONDENAÇÃO ETERNA AO INFERNO

Esconderei deles o rosto, verei qual será o seu fim; porque são raça de perversidade, filhos em quem não há lealdade... porque um fogo se acendeu no meu furor e arderá até o mais profundo do inferno...” -  Deuteronômio 32.20,23

O inferno não é fantasia, é uma realidade. Ele é a expressão do justo castigo da parte de Deus ao perverso. As imagens que o descrevem (fumaça, fogo, enxofre, verme...) advertem a todos de um sofrimento tanto intenso quanto perene (Mc. 9.43-46; Ap. 14.9-11).
O questionamento que alguns fazem é: Não é desproporcional o nível de justiça, da parte de Deus? É justo perecer toda eternidade, por alguns pecados que fizemos em alguns instantes na vida? Quem pensa assim desconsidera, pelo menos, os seguintes pontos:
1- A SERIEDADE DE NOSSOS PECADOS - O pecado é algo tão pernicioso que até aqueles que julgamos “mais inofensivos” já são suficientes para nos condenar eternamente ao inferno: “Eu, porém, vos digo que todo aquele que [sem motivo] se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento; e quem proferir um insulto a seu irmão estará sujeito a julgamento do tribunal; e quem lhe chamar: Tolo, estará sujeito ao inferno de fogo” (Mt. 5.22).
2- A GRATUIDADE, O ALTO PREÇO (PAGO POR CRISTO), E A UNIVERSALIDADE DA OFERTA DA SALVAÇÃO – A salvação é de graça (Ef. 2.8,9), mas Cristo pagou já o altíssimo preço (Is. 53,4,5); agora “oferece”, sinceramente o céu a todo que crê em sua obra. É por isso aquele que não crê já este condenado (Jo.3.36) ao inferno, agora no presente. O Juízo Final não será para conhecer os condenados; será para revelar e formalizar a condenação (Ap. 20.11-14).
3- O CARÁTER DO ÍMPIO E A CONTINUIDADE SUA PECAMINOSIDADE (MESMO NO INFERNO) - No inferno, estarão as piores figuras de todos os tempos (Rm 3.9-18); os cães, o feiticeiros, os impuros, os assassinos,  idólatras, e todo aquele que ama e pratica a mentira (Ap. 22.15). Ali estarão  o diabo, a besta e o falso profeta (Ap. 20.10), e todos aqueles que cometeram o pecado da blasfêmia contra o Espírito Santo; o qual, “não lhe é perdoado, nem neste mundo nem no porvir” (Mateus 12.31,32). Estes continuarão no “estado de pecado” eternamente; mesmo no inferno continuarão a ofender, a odiar e blasfemar contra Deus.
4 - A PRIVAÇÃO DA GRAÇA DIVINA E A IMPOSSIBILIDADE DE RETORNO POR CAUSA DO CARÁTER FINAL E DECISIVO - A condenação no inferno principia “o tempo do fim”. Não há qualquer possibilidade de “segunda chance de redenção”. Tal graça somente se aplica aos  que estão vivos no tempo presente; que estes “ouçam Moisés os profetas” (Lc. 16.27-31), e o Espírito os convencerá do pecado (Jo. 16.8). Mas, aos do inferno (Deus) disse: “... está posto um grande abismo entre nós, de sorte que os que querem passar daqui para vós outros não podem, nem os de lá passar para nós” (Lc. 16.26). O caráter desse assunto é final; é decisivo. A porta foi fechada definitivamente. Seus habitantes não podem (e não querem) retornar. Deus também não pode (Ele é justiça e equidade), nem quer retorná-los: Ponto final.

Rev. Valdemir Oliveira dos Santos