quinta-feira, 28 de junho de 2018

PAREM DE RECLAMAR!!


“Fazei tudo sem murmurações, nem contendas” (Fp. 2.14).
Os mandamentos bíblicos aos crentes para não reclamar (cf. Tiago 5.9, 1Pe 4.9) são evidências de que a igreja não está imune à murmuração, e ao  descontentamento. A igreja tem hoje uma grande quantidade de descontentes e queixosos. As pessoas muitas vezes deixam uma igreja porque seus filhos não gostam, ou porque estão insatisfeitos com algum aspecto negativo da liderança, organização política, ou Igrejas que supervalorizam a condição financeira de alguns de seus membros. Igrejas dedicadas ao entretenimento e a atender às necessidades sentimentais também criam expectativas para a satisfação superficial e não espiritual.
Adão foi o primeiro insatisfeito e reclamante. Imediatamente depois de desobedecer a Deus, ele culpou Eva por seu pecado, queixando-se ao Senhor que "A mulher que me deste por esposa, ela me deu da árvore, e eu comi" (Gn 3.12). Mais tarde, Caim, queixou-se amargamente para Deus dizendo que seu castigo, por ter assassinado seu irmão Abel, era muito grave (4.13-14). Moisés reclamou ao Senhor por Ele não libertar Israel do Faraó com maior rapidez (Ex. 5.22-23). Depois de passar apenas três dias no deserto, o Povo de Israel murmurou, porque a água em Mara não estava apta para beber (Ex. 15.24). Pouco depois, no entanto, as pessoas estavam reclamando novamente, desta vez sobre uma suposta falta de alimentos (Ex. 16.2-8). Depois de voltarem de espiar a terra de Canaã, com exceção de Josué e Calebe, todo o povo, reclamou: “Todos os filhos de Israel murmuraram contra Moisés e contra Arão; e toda a congregação lhes disse: Tomara tivéssemos morrido na terra do Egito ou mesmo neste deserto!” (Nm. 14.2).  Referindo-se a esses mesmos tempos, Paulo advertiu aos coríntios: "Não ponhamos o Senhor à prova, como alguns deles já fizeram e pereceram pelas mordeduras das serpentes. Nem murmureis, como alguns deles murmuraram e foram destruídos pelo exterminador."(1 Co. 10.9-10). Judas advertiu quanto aos apóstatas "Os tais são murmuradores, são descontentes, andando segundo as suas paixões. A sua boca vive propalando grandes arrogâncias; são aduladores dos outros, por motivos interesseiros" (Judas 16).
Descontentamento e reclamação são atitudes que podem tornar-se tão habitual que quase não são notados. Mas esses pecados gêmeos demonstram uma falta de confiança na vontade providencial de Deus, em sua soberania, em sua graça sem limites, e em sua infinita sabedoria e amor. Paulo explicou aos Coríntios, que os numerosos relatos no Antigo Testamento da maneira de Deus lidar com as graves queixas e murmurações de Israel no deserto foram dados "como um exemplo, e foram escritas para nossa instrução" (1Co. 10.11). Jeremias perguntou: "De que se queixa, pois, o homem vivente? Queixe-se cada um dos seus pecados." (Lm. 3.39). Se tudo isso é verdade para todos, quanto mais se aplicam aos crentes, cujos pecados foram perdoados graciosamente pelo Senhor? Para lidar com os murmuradores, queixosos, descontentes, e reclamantes na congregação de Filipos e para além dela, Paulo ordenou categoricamente: parem de reclamar!

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