Tomara todo o povo do SENHOR
fosse profeta (Números 11:29)
Iniciamos hoje uma série de
mensagens com o seguinte tema: "Profetas de ontem para as necessidades de hoje".
Objetivo: A) Conhecermos mais a palavra de Deus, B) Termos uma visão individual de
cada profeta que escreveu um livro da bíblia. Começando com Isaías e terminando com
Malaquias, em cada estudo veremos quem é este profeta; veremos o contexto em
que ele viveu, as dificuldades inerentes de seu tempo, como se projetou sua
mensagem, e quais são as principais características dos seus escritos. Por fim
retraremos princípios práticos para a nossa vida. Veremos que aquilo foi falado
há quase 3000 anos atrás continua relevante para os nossos dias, e com isso
tirarmos proveito prático, objetivo que nos inspire a andarmos mais próximos e
mais confiantes com nosso Deus.
11 - O ENTENDIMENTO
POPULAR DO TERMO “PROFETA”
Antes de falarmos dos profetas é
precisamos compreender o que foi o Movimento profético em Israel. Se não
compreendermos o que foi profetismo em Israel, se não entendermos com mais
exatidão, quem foram eles, os profetas corremos o risco de discutir um assunto
que não terá ficado bem definido, tamanha a diversidade de conotações que o
termo “Movimento Profético” recebe em nossos dias. E então, não chegaremos a um
ponto proveitoso em nossa análise.
Para boa parte das pessoas de nosso
tempo, o profeta “é uma pessoa que
adivinha coisas”. Concordo com Isautino
G. Coelho que Profecia, nesta ótica, é adivinhação. É assim o
conceito secular, e popular do termo. Este
era o conceito de profeta entre os pagãos. A lecanomancia (leitura do futuro pela figura do azeite
derramado numa taça sagrada), a
hepatoscopia (a leitura do futuro pelos riscos do fígado de animais
sacrificados aos ídolos), o uso de árvores sagradas, como os cananeus faziam
com os carvalhos (vide o carvalho de Moré, em Gênesis 12.6 - Moreh, em hebraico, significa “mestre”), sonhos
após alucinógenos, a interpretação do
vôo dos pássaros, tudo isto fazia parte do ofício profético pagão.
No sentido pagão, o termo “profeta”
não traz uma mensagem com fundo moral e ético. Apenas busca descobrir o futuro
para orientar os reis sobre guerras a declarar, alianças políticas a fazer ou
decisões por tomar, como, por exemplo,
os adivinhadores e os sábios de Faraó, em Gênesis 41.8: 41.8 De manhã, achando-se ele de espírito
perturbado, mandou chamar todos os magos do Egito e todos os seus sábios e lhes
contou os sonhos; mas ninguém havia que lhos interpretasse.
Isto acontece também em alguns grupos especialmente
neopentecostais. Profetizar para esse irmãos é fazer “revelações”, algumas
delas absolutamente absurdas, sem sentido, sobre a vida das pessoas. Um
profeta numa cidade que trabalhei disciplinou um membro da igreja e a profecia
(revelação de “Deus”) foi que o dito “pecador” como penalidade imposta por
Deus, deveria “assistir” culto do outro lado da rua. Eu falei de púlpito: Isto
é revelação, ou profecia do diabo, não de Deus, e podem falar para os membros
desta igreja que eu falei isso. Podem falar até para pastor desta igreja!
22 - “NAVI”:
O PROFETA BÍBLICO
Biblicamente falando o termo mais
enfatizado (mais que trezentas vezes) para profeta (direto do hebraico)
é “navi”. Esta descrição é atribuída a Moisés em Deuteronômio 18.15: “o Senhor
teu Deus te suscitará um “navi” (profeta) como eu, do meio de ti, de teus
irmãos. A ele ouvirás”. O termo navi
vem do acadiano “navvu”, que
significa chamar, designar, nomear.
Neste sentido, o profeta, seria alguém chamado, designado, escolhido, como um
arauto, um representante, um embaixador que fala, que representa alguém, que
anuncia, que transmite o recado em nome de alguém. Por isso você sempre verá o
profeta dizendo na bíblia: “Assim diz o SENHOR”. Daí a função do profeta era,
em Nome de Deus: 1) repreender o povo quando este caía; 2) encorajar o povo a
manter a fidelidade em Deus; 3) dar esperança ao povo, uma vez que, mantendo a
fidelidade, Deus prometia tempo s de refrigério e esperança, um templo de total
realização em Deus.
A bíblia cita vários profetas.
Alguns foram usados por Deus para escreverem os livros que levam seus nomes.
Outros são conhecidos nossos mas, não escreveram livros: Moisés, Débora, Eli, Samuel, Natã, Elias...
outros não nos são tão conhecidos: Gad, Aías,Hulda, e “os outros” Jonas e
Miquéias. Os que escreveram os livros levam os nomes de Profetas Maiores, por
que escreveram mais: Isaías, Jeremias e Ezequiel. Outros que escreveram menos,
levam o nome de Profetas Menores: de Daniel a Malaquias.
Aguarde continuação – abordaremos especificamente
o Profeta Isaías
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