E, no primeiro dia da Festa dos Pães Asmos, quando se fazia o
sacrifício do cordeiro pascal, disseram-lhe seus discípulos: Onde queres que
vamos fazer os preparativos para comeres a Páscoa? 14.13 Então, enviou dois dos seus discípulos,
dizendo-lhes: Ide à cidade, e vos sairá ao encontro um homem trazendo um
cântaro de água; 14.14 segui-o e dizei ao dono da casa onde ele
entrar que o Mestre pergunta: Onde é o meu aposento no qual hei de comer a
Páscoa com os meus discípulos? 14.15 E ele vos mostrará um espaçoso cenáculo
mobilado e pronto; ali fazei os preparativos. 14.16 Saíram, pois, os
discípulos, foram à cidade e, achando tudo como Jesus lhes tinha dito,
prepararam a Páscoa.
14.22 E, enquanto comiam, tomou
Jesus um pão e, abençoando-o, o partiu e lhes deu, dizendo: Tomai, isto é o
meu corpo. 14.23 A seguir, tomou Jesus um cálice e, tendo dado graças, o deu
aos seus discípulos; e todos beberam dele. 14.24 Então, lhes disse: Isto é o
meu sangue, o sangue da [nova] aliança, derramado em favor de muitos.(Marcos 14:12-16;22-24)
Nossa crença Reformada entende que há 2
sacramentos (ordenanças santas e solenes deixadas por Jesus à igreja): Batismo e Ceia. Embora sejam
sacramentos, a Ceia reveste-se de um cerimonial maior. A pessoa pode ser batizada e não participar da ceia, mas não pode
participar da ceia sem ser batizada. Quanto ao batismo nenhuma ordem a não
ser crer (quando adulto - Mc. 16:16), Já quanto a CEIA é necessário auto-exame (discernimento - 1ª Co. 11:28).
A Santa Ceia simboliza para nós a realização do
que foi Páscoa para Israel. A primeira Páscoa foi realizada na noite em que
Deus deu o livramento ao seu povo (Israel) conforme menciona o capítulo 12 de
Êxodo, após Deus enviar 10 pragas sobre o Egito, a 10ª praga foi a morte do
primogênito.
A páscoa era uma refeição. Cada família deveria
comer às pressas um cordeiro, com ervas amargosas. E o sangue do animal morto
deveria ser passado nos umbrais das portas. Na primeira Páscoa ao Anjo da
morte passaria sobre o Egito, a casa que não tivesse o sangue nos umbrais das
porta o filho mais velho morreria. Foi assim que o povo de Deus foi liberto
do Egito.
O cerimonial da morte do cordeiro deveria ser
repetido todo ano.
Foi isso que Jesus fez aqui. Na verdade Jesus realizou aqui com os discípulos a Última Páscoa:
12-16: 14.12:
E, no primeiro dia da Festa dos Pães Asmos, quando se fazia o sacrifício do
cordeiro pascal, disseram-lhe seus discípulos: Onde queres que vamos fazer os
preparativos para comeres a Páscoa? 14.13
Então, enviou dois dos seus discípulos, dizendo-lhes: Ide à cidade, e
vos sairá ao encontro um homem trazendo um cântaro de água; 14.14
segui-o e dizei ao dono da casa onde ele entrar que o Mestre pergunta:
Onde é o meu aposento no qual hei de comer a Páscoa com os meus discípulos?
14.15 E ele vos mostrará um espaçoso
cenáculo mobilado e pronto; ali fazei os preparativos. 14.16 Saíram, pois, os discípulos, foram à
cidade e, achando tudo como Jesus lhes tinha dito, prepararam a Páscoa. Jesus comeu o bezerro assado
com os seus discípulos.
Só que
no meio do banquete, Jesus transforma a Páscoa na Ceia. Jesus realizou a 1ª
Santa Ceia: 14.22 E, enquanto comiam, tomou Jesus um pão e, abençoando-o, o
partiu e lhes deu, dizendo: Tomai, isto é o meu corpo. 14.23 A seguir, tomou Jesus um cálice e, tendo
dado graças, o deu aos seus discípulos; e todos beberam dele. 14.24 Então, lhes disse: Isto é o meu sangue, o
sangue da [nova] aliança, derramado em favor de muitos .
Jesus tomou elementos que faziam parte da Páscoa
e transforma a Antiga Páscoa na Ceia do Senhor Jesus. A Páscoa judaica havia
cumprido seu propósito. Pois, profeticamente ela apontava para o sacrifício
de Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus (João 1.29). Vejamos as Comparações:
1) A
Páscoa era a fruto da graça salvadora de Deus. Não tirou Israel do Egito porque
mereciam, mas sim porque os amou e era fiel a sua aliança. A Salvação de
Jesus externada agora na Santa Ceia também nos vem através da maravilhosa
graça de Deus e não por méritos nosso.
2) A
aspersão do sangue nos umbrais das portas era efetuada com fé obediente, ela
resultou na redenção, no livramento de Israel sangue todo povo de Deus. O sangue de Jesus foi
vertido na cruz a fim de nos salvar da morte e do pecado.
3) O
Cordeiro pascoal era o sacrifício que substituía o primogênito, Jesus tomou o lugar daquele cordeiro
e morreu em substituição a morte do crente.
4) O
Cordeiro sem mácula simbolizava o Cristo sem pecado. E ao João Batista viu Jesus e
disse: Eis o cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo
5)
Alimentar-se do Cordeiro representava vida para os israelitas. Hoje quando nos alimentamos
do pão, verdadeiramente nos alimentamos de Cristo. O que diz João 6:53-56: 53 Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em
verdade vos digo: se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o
seu sangue, não tendes vida em vós mesmos. 6.54 Quem comer a minha carne e
beber o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia.
6.55 Pois a minha carne é verdadeira comida, e o meu sangue é verdadeira
bebida.
6.56 Quem comer a minha carne e beber o meu
sangue permanece em mim, e eu, nele.
Agora,
observe a conclusão: 14.24 Então, lhes disse: Isto é
o meu sangue, o sangue da [nova] aliança, derramado em favor de muitos. A Aliança instituída por
Cristo é chamada «Nova» porque contrasta àquela feita com Israel no monte
Sinai, ao iniciar o período da Lei.
1) A primeira Aliança foi estabelecida pelo sangue
aspergido de animais sacrificados (Heb 9.16-22). A Nova Aliança tornou-se
válida, através do Sangue Imaculado de Jesus Cristo, vertido na cruz (Heb
8.6-13).
2) A Antiga Aliança era das obras; requeria
obediência a Lei (Êx 24.3-8). A Nova Aliança leva ao perdão dos pecados e à
transformação da natureza humana; que permite que a Lei do Senhor Jeová seja
amada e guardada (Jer 31.31-34; Rom 3.23-31).
3) A primeira aliança era um símbolo da nova era
como se fosse sombra; a nova aliança é a realidade em Cristo Jesus.
Hoje vocês participarão da primeira Santa Ceia. A Santa Ceia do Senhor está mencionada em
quatro trechos da bíblia: I Cor 11:23-32, Mt 26:26-29, Mc 14:22-25 e Lc
22:15-20.
É extremamente importante que vocês estejam
cientes de tudo o que ela nos ensina. Nossa teologia reformada nos diz que
ela é um meio de graça. Um meio que Deus usa para transmitir graça, para
fortalecer, para robustecer a fé do crente. Por isso, ela, a Santa Ceia do
Senhor relaciona-se com o passado, presente e futuro.
A) Quanto ao Passado a Santa Ceia
é um Memorial – Daquilo
que Deus fez ao libertar Israelk do Egito, mas, acima de tudo daquilo que
Deus fez através da morte de seu Filho, nosso senhor Jesus Cristo no calvário
para redimir os crentes do pecado e condenação. No momento da Ceia é momento
de relembramos do seu significado que é motivação para não cairmos e para
fugirmos da aparência do mal, b) É um ato de ação de graça pelas bênçãos
sobre a nossa vida por intermédio da morte de Cristo.
B) Quanto ao Presente a Santa Ceia
é um ato de comunhão com Cristo e com nosso irmãos (nós nos alimentamos dele; ele está em nós); mas
comunhão também com a sua Igreja com os nossos irmãos, pois todos comemos do
mesmo pão. A Santa Ceia é uma proclamação da nova aliança e reafirmação do
senhorio de sobre a igreja e o compromisso de andarmos juntos, pois, estamos
todos no “mesmo barco”, no mesmo corpo. (Cântico
Alto Preço: na força do
Espírito Santo, nós proclamamos aqui, que pagaremos o preço de sermos um só
coração no Senhor... e por mais que as trevas militem e nos tentem separar, com os nossos olhos em Cristo, unidos iremos andar...
Nós presbiterianos cremos na presença espiritual de Cristo nos elementos da ceia (pão e o vinho). Por isso ainda que admitamos a ceia como memorial (como crêem nossos irmãos batistas), também admitimos que ele é mais que um memorial; pois, há algo maior na Ceia. O momento da ceia é muito mais que mero teatro ou repetição. Ainda que o corpo de Cristo não se transforme no pão (como crêem os romanistas), nem se misture com o pão (como crêem os Luteranos), Cristo está ali nos elementos (pão e vinho), presente espiritualmente, presente simbolicamente, presente verdadeiramente, a nos abençoar. É algo tremendo, profundo, contemplado pela fé, que nos trás profundas lições espirituais, das quais a principal é: Assim como o pão material abastece nossos corpos físicos,a presença de Cristo no elementos, abastece nossa vida espiritual.
C) Quanto ao futuro a Santa Ceia é
um antegozo do Reino Futuro de Deus, antevê a volta de Cristo para participarmos
todos juntos do banquete celestial na eternidade.
Toda a importância mencionada só passa a ter
significado se chegarmos diante do Senhor com fé genuína, oração sincera e
obediência a sua palavra e a sua vontade.
É por isso que a Santa Ceia é considerado um meio de graça; ou seja, um mecanismo que o próprio Deus se utiliza para nutrir, fortalecer objetivamente seus filhos.
Que o cordeiro alimente e vos abençoe!!
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"Sou grato para com aquele que me fortaleceu, Cristo Jesus, nosso Senhor, que me considerou fiel, designando-me para o ministério" - 1ª Timóteo 1:12
sexta-feira, 14 de setembro de 2012
A Beleza Por Trás Da Santa Ceia
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