Tendo passado pelo entendimento do que é um profeta, no sentido bíblico, bem como o entendimento de quem foi Isaías e as características do livro que leva seu nome, vamos agora, panoramicamente, a meu ver 03 que poderiam ser as principais lições do livro do profeta Isaías:
1-
DEUS
CONHECE O PECADO (CALAMIDADE DO HOMEM) e por isso Julga as nações
Em Isaías
49:7, Deus é chamado de o “Santo de Israel”. Ele não só demonstra a ênfase de
Isaías à santidade do Senhor, mas também reflete a preocupação do livro com a
gravidade das ofensas de Israel contra Deus.
Isaías é um
livro que desvenda as plenas dimensões do juízo e da salvação divina. Deus é o
Santo de Israel que deveria castigar seu povo rebelde. Vimos na semana passada
que Israel é chamado de (1:1-7): Filhos Rebeldes (comparados aos animais mais
obtusos: boi e ao jumento), Corpo Infecto e purulento, Cidade devastada,
prostituta (1:21). Mas outros adjetivos são dados: Israel é nação cega e surda
(6.9,10; 42.7), vinha que será pisoteada (5.1-7), povo destituído de retidão
(5.7; 10.1-2). O juízo terrível que será desencadeado contra Israel e todas as
nações que desafiam a Deus, é chamado “dia do Senhor”.
Essas verdades
são enfatizadas do Capítulo 1 ao 37 do Livro de Isaías: Deus conhece o pecado
(a calamidade, a miséria de seu povo) e julgará todas as nações. Por isso vemos
aqui, um Deus soberano sobre as nações julgando-a por seus pecados.
O profeta no início do livro sai do julgamento local e parte para o julgamento regional, proclamando uma série de oráculos contra as nações em redor (13-23). As onze nações são Babilônia, Assíria, Filistia, Moabe, Damasco (Síria), Etiópia, Egito, Babilônia (novamente), Edom, Arábia, Jerusalém (Judá) e Tiro. Os capítulos 28-33 pronunciam seis "ais" sobre Israel e Judá por causa dos pecados específicos. A condenação profética falada por Isaías termina com um quadro geral de devastação internacional que precederá a benção universal (34-35).
Isaías é o profeta de Deus, é o
representante de da corte celestial junto à corte terrena. A mensagem se
destina a Judá, Israel e às nações pagãs vizinhas. Todos são convocados a
abandonarem a vida de pecado e ao mesmo tempo escapar do julgamento e da
punição futura como castigos divinos. Os capítulos 1-37 contém vários oráculos
ou mensagens constituídas de acusações, condenações, julgamentos, e ainda
algumas passagens apocalípticas, tudo escrito claro, reto e sem receio algum. O
profeta foi cauteloso em mostrar que o juízo de Deus revela não sua arbitrariedade,
mas sua justiça. Justiça essa devido a idolatria e a imoralidade; o povo de
Deus havia se tornado como as demais nações em seu orgulho, sarcasmo e egoísmo.
Eles haviam perdido a perspectiva de justiça, de amor e de paz,
características do Reino de Deus e tentaram estabelecer seu próprio reino. Vamos à segunda lição
2-
DEUS
REGATA O MUNDO POR MEIO DO SEU SERVO (O Messias é Esperança das Nações - Cap.
40-55) LER ISAÍAS 42:6
Isaías compreende que o mesmo Deus que
julga as nações por causa dos seus pecados, também é um Deus de misericórdia,
graça e compaixão (Isaías 5:25; 11:16; 14:1-2, 32:2, 40:3, 41:14-16). Ele então
vai trazer tanto a restauração e perdão quanto a cura e salvação (43:2,
43:16-19, 52:10-12). ISSO VIRÁ POR MEIO DO MESSIAS SOFREDOR
Isaías é chamado de Profeta do Evangelho. Isso porque mais do que qualquer outro
livro no Antigo Testamento, Isaías concentra-se na salvação que virá através do
Messias. O Messias um dia governará com justiça e retidão (Isaías 9:7; 32:1). O
reino do Messias trará paz e segurança a Israel (Isaías 11:6-9). Através do
Messias, Israel será uma luz para todas as nações (Isaías 42:6; 55:4-5). E o Reino
do Messias sobre a terra (Isaías capítulo 65-66) é o objetivo para o qual
aponta o Livro de Isaías. A justiça de Deus mais do que expressão de punição
sobre os desobedientes será revelada ao mundo, num futuro próximo, de forma plena, no Reinado do Messias sobre
os seus servos. Por isso o Messias é também visto como luz ao mundo e o mundo
aqueles que habitam nas regiões distantes e nas regiões de escuridão e da
sombra da morte aguardam a sua luz e a sua revelação. Ele é a esperança das
nações.
É por isso que num um aparente paradoxo,
o Livro de Isaías também apresenta o Messias como aquele que vai sofrer. Isso é
revelado dos Capítulos 40 até o 55 do profeta Isaías. Os capítulos 42,49, 50 3
53 são chamados Cânticos do Servo. O mais amado pelos cristãos é capítulo 53,
pois, descreve vividamente o Messias sofrendo pelo pecado. É através de Suas
feridas que a cura é alcançada. É através de Seu sofrimento que as nossas
iniquidades são removidas. É quando a ferida se abre nele, que fecha em nós. Esta
aparente contradição é resolvida na Pessoa de Jesus Cristo. Em Sua primeira
vinda, Jesus foi o servo sofredor de Isaías capítulo 53.
750 anos de Cristo Isaías anteviu Deus, Sua
completa soberania, orquestrando todos os detalhes da crucificação para cumprir
todas as profecias destes capítulos, assim como todas as outras profecias
messiânicas do Antigo Testamento. As imagens do capítulo 53 são tristes e
proféticas; um retrato completo do
Evangelho. Jesus foi desprezado e rejeitado (v. 3, Lucas 13:34, João
1:10-11), ferido por Deus (v.4, Mateus 27:46) e perfurado pelas
nossas transgressões (v. 5, João 19: 34, 1 Pedro 2:24). E, por Seu
sofrimento, pagou o castigo que nós merecíamos e se tornou por nós o sacrifício
supremo e perfeito (v. 5; Hebreus 10:10). Embora Ele não tivesse pecado
nenhum, Deus colocou sobre Ele os nossos pecados para que assim pudéssemos nos
tornar a justiça de Deus nEle (2 Coríntios 5:21). Terceira lição:
3-
Deus Prepara Um Lugar de Delícias Para Aqueles que Ouvem as Suas Palavras (PROMESSAS
DO FUTURO – Capítulos 60-66)
Isaías 40.1,2: “Consolai, consolai o meu povo, diz o vosso Deus.40.2 Falai ao coração de Jerusalém, bradai-lhe
que já é findo o tempo da sua milícia, que a sua iniqüidade está perdoada e que
já recebeu em dobro das mãos do SENHOR por todos os seus pecados.
Isaías 49.15,16: Acaso, pode uma mulher esquecer-se do filho que
ainda mama, de sorte que não se compadeça do filho do seu ventre? Mas ainda que
esta viesse a se esquecer dele, eu, todavia, não me esquecerei de ti.
49.16 Eis que nas palmas das minhas
mãos te gravei; os teus muros estão continuamente perante mim.
Isaías 65.17,18: Pois eis que eu crio novos céus e nova terra; e
não haverá lembrança das coisas passadas, jamais haverá memória delas. Mas vós folgareis e exultareis perpetuamente
no que eu crio; porque eis que crio para Jerusalém alegria e para o seu povo,
regozijo.
Isaías 65: 25: “O lobo e o cordeiro pastarão juntos, e o leão
comerá palha como o boi; pó será a comida da serpente. Não se fará mal nem dano
algum em todo o meu santo monte...”
Mesmo um leitor menos criterioso
percebe grande mudança no estilo literário de Isaías a partir do capítulo 40. O
estilo se torna mais poético. Os oráculos de acusação e juízo, que compunham a
maior parte dos primeiros 39 capítulos se tornam bem mais raros. E o foco que até então era o presente passa mais,
agora, para o futuro.
Isso fez com que alguns
estudiosos liberais insistissem na existência de dois autores diferentes para o
livro, de Isaías. Um que condena; outro que separados por até 150 anos.
Mas por que isso? Por que a
situação histórica parece ter mudou dramaticamente. Isaías profetizou para o
povo se arrepender e mudar de vida. Isso não aconteceu. Nabucodonozor entrou em
Jerusalém, pois fogo na cidade e levou o povo para o Cativeiro na Babilônia (e
ali eles iriam passar 70 anos ).
A partir de Isaías 40 o povo
de Deus está no exílio, não em Judá; não EM Jerusalém, não é livre, está
algemado, está na Babilônia. Que mensagem então Deus dá a Isaías? A história
não acabou!! Isaías 40.1,2:
“Consolai, consolai o meu povo, diz o vosso Deus... Isaías 49.15,16: Acaso, pode uma mulher esquecer-se do filho que
ainda mama, de sorte que não se compadeça do filho do seu ventre? Mas ainda que
esta viesse a se esquecer dele, eu, todavia, não me esquecerei de ti.
49.16 Eis que nas palmas das minhas
mãos te gravei; os teus muros estão continuamente perante mim”
A mensagem agora é de esperança.
É isso que alguns eruditos não conseguem atribuir o livro inteiro a um único
autor. Deus usa Isaías para mostrar ao povo que, mesmo diante de adversidades
das mais duras, a história não acaba aqui. Aleluia!!
E mais: Deus tem um lugar preparado, de delícias, prosperidade, e paz! Nós (judeus
cativos) não serviremos para sempre os Babilônios. Não! Depois do cativeiro (70
anos) Deus conduziria um restante
arrependido de Babilônia de volta para Jerusalém. E mais... Deus, porém, terá
compaixão de seu povo (14.1,2) e o livrará da opressão tanto política quanto
espiritual. O poderoso Criador de Israel (40.21,22; 48.13) fará ribeiros brotar
no deserto (32.2). O Senhor levanta um estandarte para conclamar as nações a
trazer Israel para casa.
O livro de Isaías termina com bênçãos sobre Israel,
não maldições. Ao final um remanescente piedoso sobreviverá ao julgamento. A terra restaurada e o povo restaurado
passarão, então, a cumprir o ideal divino, e tudo resultará no louvor e na
glória do Santo de Israel, por causa do que Ele tem realizado.
Embora nós sejamos tardios para
escutar a sua voz, embora nós sejamos obstinados para fazer a sua vontade,
mesmo assim, ele sempre insiste, e uma e outra vez vem o seu chamado:
«Levanta-te, resplandece, porque é vindo a tua luz».
Isaías 65.17,18: Pois eis que eu crio novos céus e nova terra; e
não haverá lembrança das coisas passadas, jamais haverá memória delas. Mas vós
folgareis e exultareis perpetuamente no que eu crio; porque eis que crio para
Jerusalém alegria e para o seu povo, regozijo.
Isaías 65: 25: “O lobo e o cordeiro pastarão juntos, e o leão
comerá palha como o boi; pó será a comida da serpente. Não se fará mal nem dano
algum em todo o meu santo monte...”
CONCLUSÃO:
Qual a grande lição de Isaías? É
melhor confiar em Deus, do que nos homens.
Você tem confiado, em Deus, de todo o teu coração?
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