"Resolveu Daniel firmemente não contaminar-se com as finas iguarias do rei..."(Daniel 1:8)
A LINGUAGEM BÍBLICA bíblica expressa-se comumente em dois opostos que se contrapõem mutuamente. Sempre se é exigido do ser humano uma postura consciente sobre o "lado" que se encontra. Vemos esta verdade do Gênesis ao Apocalipse: Reino de Deus x Reino de Satanás, Abel x Caim, Luz x Trevas, Carne x Espírito, Vida de Vitória x Vida de Derrota, Céu x Inferno, Caminho da Vida x Caminho da Morte, Bênção x Maldição.
É claro que a linguagem bíblica jamais deixa sequer transparecer que haja igualdade de poder entre os os lados. Satanás é poderoso, mas Deus é Todo Poderoso; as trevas jamais prevalecem contra a luz (Jo. 1:5), a vida debaixo da bênção de Deus é imensamente melhor, porque enquanto Ele amaldiçoa até a quarta geração, abençoa até Mil gerações (Ex. 20:5,6).
É exatamente isto que Daniel entendeu. Ele resolveu não se contaminar com as "finas" iguarias do rei em seu (do rei) banquete; ele (Daniel) não precisaria trocar sua "primogenitura" (como o fez Esaú - Gn 25:32) por um mero prato de lentilhas...; o banquete de Cristo é muito melhor! Não precisaria trocar sua consagração a Deus (como o fez Sansão - Jz. 16: 4-22) por momentos de prazeres ilusórios...; o banquete de Cristo é muito melhor! Não precisaria trocar todos os privilégios da Casa do Pai (como o fez o "filho pródigo" - Lc. 15:16,17), por um pouco de "lavagem que o diabo pôs no coxo"...; o banquete de Cristo é muito melhor!
Muitos personagens bíblicos contemplaram o maravilhoso banquete da Cristo. Davi disse "preparas-me um banquete na presença de meus adversários... (Sl 23:5); o profeta Isaías nos convida a nos "deleitarmos com finos manjares..." (Is. 55:2); e o escritor do Apocalipse (João), inspirado pelo Espírito Santo, registra que Cristo bate à nossa porta querendo cear conosco; ao mesmo tempo que nos convida a cear com ele nas suas Bodas Finais... (Ap. 3:20; 19:9).
Somos chamados a participar deste banquete maravilhoso e não podemos "nos dar ao luxo" de negligenciarmos este sublime convite (Lc. 14:16-24). Podemos, mesmo agora, no tempo presente, nos deliciar, de todas as maravilhas de uma vida íntima com Cristo.
Vivamos então, no presente, participando diariamente do banquete de nosso mestre, porque a promessa da palavra é que o que está bom vai melhorar mais ainda (o "bom vinho" sempre é servido mais "tarde" - Jo. 2;10), pois, a plenificação deste banquete nos aguarda mais à frente.
O "banquete escatológico" (final) nos aguarda. São as chamadas Bodas do Cordeiro (Ap. 19:9). Fora dele "ficarão os covardes, os incrédulos, os abomináveis, os impuros, os feiticeirros, os idólatras, os mentirosos..." (Ap. 21:8); e todos aqueles que amam, e que se deliciam em outro banquete que não seja o Banquete de Cristo.
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