“Ninguém apareça de mãos vazias perante mim... “ (Ex. 23:15)
O povo de Deus é marcado pela alegria! Basta observar as festividades de Israel. Havia festas particulares (casamento), semanais (Sábado), mensais (Lua Nova) e anuais. No entanto, contrapondo-se ao mundo, a alegria do povo de Deus possui uma característica singular: é uma alegria cuja fonte é o próprio Deus: “A alegria do SENHOR é a vossa força” (Ne 8:10). O povo festejava, pois, o próprio Deus era a sua alegria; era a alegria DE Deus; era uma alegria EM Deus. E isso pode ser visto mais claramente quando observamos, por exemplo, as 3 principais das festas anuais.
Na Páscoa (que acontecia no primeiro mês do calendário judaico (Nisã), o povo se alegrava em Deus por ser ele, o DEUS LIBERTADOR.
A Festa do Pentecostes era a festa das primícias, dos primeiros frutos (acontecia 50 dias após a páscoa, em plena primavera, mais ou menos em junho). Nela, o povo se alegrava em Deus por ser ele, o DEUS DOADOR.
Já na Festa dos Tabernáculos, o povo era conclamado a habitar, por uma semana, em tendas feitas de galhos de palmeiras. Com o passar do tempo os galhos iam se secando; o povo, então, refletia na transitoriedade da vida e se alegrava em Deus por ser ele o DEUS PRESERVADOR, o “garantidor” da continuidade da vida.
As festividades em Israel apontavam, tipologicamente, para profundas realidades espirituais que aconteceriam no futuro, em Cristo. A Páscoa apontava para a libertação do pecado que obtivemos pelo sacrifício de Cristo, o nosso cordeiro pascal, nosso Deus Libertador. O Pentecostes apontava para Cristo como o Deus Doador do Espírito Santo, o qual implantou em nós as “primícias” da vida plena (At. 2:1-4). Já a Festa dos Tabernáculos apontou Cristo como nosso Deus Preservador. Por seu sacrifício, do nosso interior fluiriam “rios de água viva” (conf. Jo. 7:2,37,38), pois, Ele nos garantiria a vida eterna e abundante!
Por causa de todas estas realidades espirituais, todo o povo de Deus era motivado a, no período das estividades, trazer, sempre, oferendas; ofertas de gratidão ao Deus Libertador, Doador e Preservador. Todos dentre o povo alegravam-se Em Deus e lhes eram gratos. Toda esta realidade apontava, em forma de sombra, para aquilo que nós, cristãos, já usufruímos, hoje, em forma de realidade. Por isso, muito mais, nós, devemos nos alegrar em Deus (nossa vida deve ser uma festa contínua). A Ele devemos ser gratos e manifestar generosidade em nossas ofertas de gratidão: “ninguém apareça de mãos vazias perante mim”. Paulo diz que “Deus ama a quem dá com alegria (2ª Co 9:7)”; e, conforme disse, sabiamente, Boanerges Ribeiro (ex-presidente da Igreja Presbiteriana do Brasil): “Está para encontrar-se a pessoa que, dando com alegria, dê pouco”.
Valdemir O. dos Santos
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