“Pois não me envergonho do evangelho, porque é
o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê” – Romanos 1:16
Explicando sobre a natureza do
evangelho, Paulo nos diz que esse único recurso de salvação é maravilhoso
porque é abrangente; não faz acepção de pessoas: ele, “é o poder de Deus para a
salvação de todo aquele que crê”. Não importa se é flamenguista, ou vascaíno;
se é rico ou pobre, preto ou branco... há espaço; sempre cabe mais um: “Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim;
e o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora” – Jo 6.37
No
entanto, o que alguns crentes sinceros não se dispõem a entender é que, na
mente de Paulo, a abrangência do evangelho anda conectada com a objetividade do evangelho. Estas duas verdades,
aparentemente inconciliáveis, são como os 2 lados de uma mesma moeda. Veja em
Romanos 1:16: 1) A Abrangência
do Evangelho: “TODO AQUELE”. 2) A Objetividade do Evangelho: “TODO AQUELE QUE CRÊ”. O
evangelho é abrangente, porém objetivo; e é dessa forma que deve ser entendido,
como uma bênção com dois lados distintos, porém inseparáveis.
O evangelho é uma bênção abrangente;
ele NÃO DISCRIMINA NINGUÉM, pois, ESTÁ ABERTO A “TODO AQUELE QUE CRÊ”. João 3:16 diz:
“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu Filho unigênito para que todo aquele (abrangência) que crê (objetividade)
não pereça, mas tenha a vida eterna”. O amor de Deus é abrangente (todo
aquele), porém, objetivo (aquele que crê). Assim sendo, o mundo amado
por Deus é o “mundo objetivo”; ou seja, o mundo
daqueles que irão crer, pois, o amor
de Deus é um amor redentivo e
diretivo (nenhuma gota de sangue do Cordeiro
se perdeu); é um amor abrangente, porém, objetivo. Os Calvinistas afirmam
(corretamente), que “o Deus que predestina “o fim” (ou seja, a salvação); é o mesmo Deus que
predestina “o meio” da salvação (a crença, na obra do Filho)”.
Recordo-me da história de um senhor
crente que foi ao barbeiro e, enquanto tinha seus cabelos cortados,
evangelizava-o. Num determinado ponto o incrédulo barbeiro desabafou: “Deixa disso, meu caro, Deus não existe! Se Deus existisse não haveria tantos
miseráveis, passando fome! Olhe à sua volta e veja quanto ódio, guerra e
tristeza. É só andar pelas ruas... Só bobos e idiotas não enxergam isso!”
O silêncio se instalou, o corte
terminou, o crente pagou, e retirou-se calado. Do lado de fora da barbearia
avistou 03 mendigos, maltrapilhos, imundos, com longos e fedidos cabelos, e
barbas desgrenhada e, sujas. O crente deu meia-volta e falou ao barbeiro: “Sabe
de uma coisa... Não acredito que existam barbeiros... Se existissem barbeiros,
não haveria tantas pessoas de cabelos e barbas compridas!”
O barbeiro, já alterado, esbravejou:
“Ora, os barbudos e cabeludos estão assim porque querem. Se desejassem mudar, viriam até mim!” O crente, então, suavemente, arrematou:
“Agora, você entendeu. A questão não é que Deus não exista, nem que não seja
amoroso. A questão é que os pecadores não
querem vir a ele, em arrependimento e fé, para recebem o seu amor. A bíblia diz em João 5:39:
“Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas
mesmas que testificam de mim”. Mas, no próximo versículo à frente, João 5:40, diz: “Contudo, não quereis vir a mim para terdes
vida”.
O evangelho é o “PODER DE DEUS PARA SALVAÇÃO
DE TODO AQUELE QUE CRÊ”. Todo aquele que vem a Cristo, em arrependimento e fé,
e crê na eficácia e na suficiência de Sua obra; não importa a raça, o sexo, a
cor, o nível social, ou intelectual, encontra salvação, perdão, e vida eterna.
Deus te abençoe!
Reverendo Valdemir Oliveira dos
Santos
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