O CRISTÃO E A POLÍTICA
LEIA JUÍZES 9:8-15
“Quando os justos governam, alegra-se o povo; mas quando o ímpio domina, o povo geme."( Provérbios 29.2)
A simples menção da palavra “política” deixa muitos cristãos em estado de alerta. Política, deriva do grego “politikas”, é a ciência ou arte do governo dos povos, direção de um Estado e determinação das formas de sua organização, conjunto dos negócios de Estado, maneira de os conduzir para o bem comum, especiamente do menos favorecido. Politicagem, entretanto, é a “habilidade de fazer política mesquinha e de interesse pessoal”.
A Bíblia não usa o termo, mas fala de política do começo ao fim. ele agia e age entre as diversas formas de governo: Patriarcas (clãs), Juízes (Teocracia - ”Governo de Deus”) - Reis (“Monarquia”) - Mais recentemente Parlamentarismo, Presidencialismo, etc...
A) O RELACIONAMENTO DE DEUS COM A POLÍTICA
A bíblia mostra que o nosso Deus é um “Deus político”
1– Deus tem um Estado onde Ele governa (Mateus 4:17)
2– Ele domina sobre as nações (Salmo 22:28)
3– Deus CRIA a política (Daniel 2:21 — Leia Romanos 13:1-4; Jo 19:11, 1º Sa 16:1b)
B) A VISÃO BÍBLICA DO CORRETO O RELACIONAMENTO DA IGREJA COM O ESTADO (POLÍTICA)
A igreja se relaciona com a política, ou com o estado pr meio de uma visão de:
1- Conscientização e RESPEITO - O mesmo Deus que criou a política, também criou a igreja. Calvino (Institutas) afirma que o governo civil é uma dádiva de Deus e que o ofício de governante é uma elevada e honrosa vocação (são “ministros de Deus” Rm 13.1-6; 1ª Pe. 2:17). Ele explica que o propósito do governo terreno é “
1) Proteger o serviço externo de Deus,
2) Defender o sadio ensino da piedade e a condição da igreja,
3) Regular as nossas vidas para a sociedade humana,
4) Moldar a nossa moral para a justiça civil,
5) Reconciliar-nos uns aos outros,
6) Fomentar a paz comum”. Assim a igreja é chamada a orar pelo estado (1ª Tm 2:1-3)
2) SEPARAÇÃO - Igreja e Estado se relacionam mas não se “confundem” - "cada macao no seu galho". aqui o que prevalece é a Visão do Propósito: Ambos (estado e igreja) foram criados em Deus, porém, com papéis distintos (Mc. 12:17)
3) SUJEIÇÃO - A igreja se submete ao estado (1ª Pe 2.13-14 - Mc. 12:17).
4) TENSÃO - A obediência ao estado é “temporal”. Nenhum cristão ou igreja deve lealdade incondicional ao governo ou sistema político, quando este fere a obediência e Deus. Leia Atos 5.29. Importa obedecer a Deus do que aos homens.
5) DUPLA CIDADANIA E VOCAÇÃO — Jo 17:15,16; Fp. 3:20; Hb. 11:14 — Somos cidadãos de 2 pátrias. Enquanto aqui submetemo-nos às leis daqui (Mc. 12:17), no entanto, nossa vocação também se dirige para o mundo
Cristãos vocacionados usaram sua vocação na igreja ou na política (José, Daniel, Davi, Samuel, Abrahan Lincon). Não podemos diminuir a amplitude vocacional. Se Deus te chamou e te vocacionou, você poderá usar seu dom ou seu talento nas mais diversas áreas, inclusive na política. Isso é claro na bíblia; a uns Deus deu menos talentos, a outros deu mais (Mt. 25:15)
C) ORIENTAÇÕES PRÁTICAS PARA UM BOM EXERCÍCIO DA CIDADANIA CRISTÃ AO VOTAR
1) Sua maior arma é o voto. Não se sinta coagido a revelá-lo e não aceite “donativos” pelo mesmo. Cuidado com os chamados "currais eleitorais".
2) Observe os candidatos. Avalie:
A) Seu passado (história)
B) Sua vocação
C) Seu Caráter
D) Suas propostas
E) Seus Conhecimentos das funções a que se propõe, como, por exemplo, a realidade dos desafios do nosso município (http://gazetaonline.globo.com/_conteudo/2012/07/noticias/a_gazeta/economia/1303235-27-prefeituras-com-as-contas-em-alerta.html ).
Dê preferência a cristãos desde que se encaixem nos itens anteriores.
3) Antes de votar, ore. Peça direção a Deus e cuidado com “chocarrices” (Ef. 5:4) e humilhações em tempos de eleição. Muitos ganham a piada, mas perdem o amigo. Bom testemunho e equilíbrio emocional. Como dizia minha nobre mãe: Prudência e caldo de galinha não fazem mal a ninguém.
Que Deus muito lhe abençoe — Rev. Valdemir
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