O próprio Pitangui admite que alguns de seus clientes precisam mais de uma orientação psicológica do que de uma cirurgia plástica.
A propósito, vale lembrar que a Bíblia fala de um rapaz, Absalão, que era o homem mais bonito de Israel; "da planta do pé ao alto da cabeça não havia nele defeito algum" (2 Sm 14.25).
Porém, moralmente falando, esse filho de Davi era horrível. Ele assassinou à emboscada o próprio irmão Amnon, liderou uma revolução que destronou o pai. e ainda coabitou ostensivamente com as dez concubinas de Davi, seu pai, diante de todos, a luz do dia, no terraço do palácio.
A cirurgia de caráter é necessária porque, como Absalão, perdemos a beleza com a qual fomos criados: "façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança" (Gn 1.26). A recuperação da imagem de Deus é possível mediante a regeneração e a santificação. Na regeneração, Deus opera uma transformação radical e completa em nós, em virtude da qual nos tornamos novas criaturas. Na santificação, Deus continua a operar em nós, capacitando-nos a cumprir os agora novos e santos desejos.
Por ocasião da segunda viagem missionária, no ano 50 da era cristã, o apóstolo Paulo passou dezoito meses na cidade grega de Corinto, distante 80km de Atenas e fundou ali uma igreja cristã. Entre os que se converteram ao evangelho, alguns eram imorais, idólatras, adúlteros, ladrões, avarentos, beberrões, difamadores e marginais. Mas, como diz a Bíblia, eles foram lavados, santificados e justificados (1 Co 6.9-11).
Em outras palavras, eles sofreram uma “cirurgia profunda”, uma “plástica no caráter”. A plástica de caráter não é feita por cirurgiões plásticos. É feita por Jesus Cristo. Ele mesmo disse que veio "buscar e salvar o perdido" (Lc 19.10), pois "os sãos não precisam de médico, e sim os doentes" (Mc 2.17).
Pense nisto: você precisa de algum tipo de cirurgia plástica em seu caráter?
Rev. Élben Lenz Cezar
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