quarta-feira, 28 de maio de 2014

BABILÔNIA, A GRANDE, A MÃE DAS MERETRIZES E DAS ABOMINAÇÕES DA TERRA”.

APOCALIPSE 17.3-5: “Transportou-me o anjo, em espírito, a um deserto e vi uma mulher montada numa besta escarlate, besta repleta de nomes de blasfêmia, com sete cabeças e dez chifres. 17.4   Achava-se a mulher vestida de púrpura e de escarlata, adornada de ouro, de pedras preciosas e de pérolas, tendo na mão um cálice de ouro transbordante de abominações e com as imundícias da sua prostituição. 17.5   Na sua fronte, achava-se escrito um nome, um mistério: BABILÔNIA, A GRANDE, A MÃE DAS MERETRIZES E DAS ABOMINAÇÕES DA TERRA”.
Essa postagem é uma síntese da pregação que ministrei na igreja que pastoreio, Igreja Presbiteriana Central de Rio Novo do Sul, neste último domingo, 25/05/2014.
INTRODUÇÃO
A partir do capítulo 12, o livro do Apocalipse revela-nos 04 inimigos de Cristo e sua Igreja: o Dragão (Satanás), a Besta que emerge do Mar (o Anti-Cristo e seu poder opressor), a besta que emerge da Terra (o Falso Profeta e sua falsa religião) e a Grande Babilônia. Essa mensagem tem por objetivo traçar o perfil, identificar e contextualizá-la, bem nos dar alguns caminhos práticos, em relação ao nosso relacionamento com a Grande Babilônia.
                 1)      A REVELAÇÃO DA GRANDE BABILÔNIA POR MEIO DE SUA NATUREZA - QUEM É BABILÔNIA? A Babilônia da qual João fala aqui é algo que vai além da do papa e da Igreja Católica, além da cidade de Roma e dos excessos de luxúria dos imperadores. BABILÔNIA NÃO É UMA CIDADE FÍSICA; É UMA CONDIÇÃO ESPIRITUAL. Babilônia é a igreja meretriz! É a igreja prostituída, dentro da igreja. Babilônia é o mundanismo em seu grau mais baixo.  Babilônia são todos os crentes professos que amam os favores do mundo. Babilônia, é qualquer igreja, qualquer ministério, qualquer ministro, é qualquer “crente”, associado ao mundo!
Babilônia é gente, é organismo, é associação, é religião; é um pensamento, é uma ideia que foi seduzida pela “mentalidade do mundo”. Babilônia é gente que não tem freio, não tem limites, não tem regras em sua forma de viver. São pessoas sem pudores em seus desejos e apetites. É gente que diz gostar de “meninos e meninas...” Babilônia é o cão que voltou ao vômito; é a porca que se revolve no lamaçal. Babilônia é o pensamento e a disposição de transformar a nossa cidade, o nosso estado, o país, e quiçá, o mundo num grande bordel, num enorme esgoto jorrando suas sujeiras.
É por isso Babilônia é ao mesmo tempo uma cidade que jorra pecado, e uma mulher, vestida de roupa de prostituta, uma mulher bem resolvida, que faz questão de exibir a quem quer que seja o seu título da fronte: “Mãe das prostitutas da terra”. Ela está  “satisfeita com seu jeito de ser” – Apocalipse 18:7: “O quanto a si mesma se glorificou e viveu em luxúria, dai-lhe em igual medida tormento e pranto, porque diz consigo mesma: Estou sentada como rainha. Viúva, não sou. Pranto, nunca hei de ver!”.  Veja que, enquanto “cidade do pecado”; sua pecaminosidade atingiu a borda.
                2)      A ASSOCIAÇÃO DE BABILÔNIA – Em Apocalipse 17:2 vemos que Babilônia associa-se, faz "parceria":
a)   Com os Líderes da terra: 17.2 “com quem se prostituíram os reis da terra; e, com o vinho de sua devassidão, foi que se embebedaram os que habitam na terra”. Quando você vê pessoas como ex prefeita de São Paulo, Martha Suplicy, mulher que foi criada numa família tradicional, defender abertamente projetos de  lei para retirar o nome “pai e mãe” da carteira de identidade, ou leis para que as histórias infantis haja o “casamento do príncipe  com outro príncipe”... Você está vendo Babilônia associando-se, seduzindo, e prostituindo-se com lideres. Quando você vê Deputado Federal Jean Willis legislando, criando leis “pró casamento” de pessoas do mesmo sexo, você está vendo a Babilônia em atividade. Quando você vê Barak Obama e, até ex pastores Presbiterianos (que certamente apostataram-se das fé, estes são apóstatas, “filhos da perdição”) defendendo a relação “homo-afetiva” e dizendo-se favoráveis ao casamento de pessoas do mesmo sexo,  você vê Babilônia “seduzindo e prostituindo-se com os reis da terra”.
b)      Babilônia associa-se também com o Anti-Cristo e o Dragão (diabo) – esta é a MENTE por trás de toda investida do mundanismo mundial (Babilônia). Apocalipse 17.3   Transportou-me o anjo, em espírito, a um deserto e vi uma mulher montada numa besta escarlate, besta repleta de nomes de blasfêmia, com sete cabeças e dez chifres (confira com Ap. 12:3,4,9,12). ISSO TODO CRENTE JÁ SABE; POR TRÁS DE TODO LAMAÇAL EXISTENTE NO MUNDO, ESTÁ SATANÁS: Efésios 6.11,12:  “Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para poderdes ficar firmes contra as ciladas do diabo; 6.12   porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes”.
                 3)      O MODO DE BABILÔNIA AGIR – BABILÔNIA AGE E 2 MANEIRAS:
      a)      Sedução e Encantamento – Semelhante a Absalão (2 Samuel 15:6), Babilônia furta o coração mostrando “brilho, ouro, púrpura, poder, fama, status”. Apocalipse 17.4   Achava-se a mulher vestida de púrpura e de escarlata, adornada de ouro, de pedras preciosas e de pérolas, tendo na mão um cálice de ouro transbordante... O SEU MUNDO (DE BABILÔNIA) TEM MUITO BRILHO, OURO, PÉROLAS... Boa parte dos grandes cantores, especialmente, os negros americanos, eram crentes, que aprenderam música nos corais das igrejas... foram seduzidos pelo brilho, pela fama, e pelo ouro de Babilônia, e isso está acontecendo no Brasil.
    b)      Perseguição e Opressão. O cálice de ouro da Babilônia está “transbordante de abominações com as imundícias da sua prostituição (17:4). Veja 17:6: “... vi a mulher embriagada com o sangue dos santos, e com o sangue das testemunhas de Jesus”.
Quem recusa a sedução de Babilônia será perseguido – A Palavra já havia dito isso em  2 Timóteo 3.12: “ Ora, todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos”. A “Santa Inquisição” matou mais cristãos sinceros QUE HITLER, ela matou mais de 10 milhões de cristãos – Na época de João, os cristãos eram jogados nas arenas... Tá preparado para renunciar Babilônia?
               4)      O JUÍZO DE DEUS SOBRE A BABILÔNIA Apocalipse 17.1: “Veio um dos sete anjos que têm as sete taças e falou comigo, dizendo: Vem, mostrar-te-ei o julgamento da grande meretriz que se acha sentada sobre muitas águas”. A palavra de Deus nos mostra que o mundanismo, a iniquidade, terão o seu fim: 1 João 2.15-17:Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele; 2.16   porque tudo que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede do Pai, mas procede do mundo. 2.17   Ora, o mundo passa, bem como a sua concupiscência; aquele, porém, que faz a vontade de Deus permanece eternamente”.
               5)      A ORDEM DE DEUS PARA SUA IGREJA, EM RELAÇÃO À BABILÔNIA  Ainda que sofrendo perseguição, mantenha distância da Babilônia: Apocalipse 18.4, 5:  “Ouvi outra voz do céu, dizendo: Retirai-vos dela, povo meu, para não serdes cúmplices em seus pecados e para não participardes dos seus flagelos; 18.5   porque os seus pecados se acumularam até ao céu, e Deus se lembrou dos atos iníquos que ela praticou”.
           CONCLUSÃO
         Você viu com clareza que Babilônia é o movimento do inferno; é o mundanismo em seu grau mais baixo, que força a igreja a receber seus valores e influências. Alguns conselhos:
    Ø  Volte seus olhos para o seu Facebook. Tire tudo o que estimule a sensualidade dali. Falo diretamente para as irmãs: Vi fotos de crentes que fiquei escandalizado -  deletem todas as fotos de biquíni, fotos expressando sensualidade... Isso não convém a nós. DELETE TUDOI ISSO!! Não se torne cúmplice dos pecados da Babilônia!!
    Ø  Cuidado, jovens, com o que tem entrado em seus ouvidos, os tipos de música... Cuidado com o que entrado em seus olhos... Babilônia quer furtar seu coração....
   Ø  Cuidado com quem você tem andado, aonde você está indo... Cuidado com o tipo de relacionamento com as influências que você tem recebido... Mude os lugares onde tem isso, as festas...

    Ø  Jesus está voltando para buscar a sua noiva, Limpa o santuário!!

terça-feira, 6 de maio de 2014

OS TRABALHADORES DA VINHA

"Porque o reino dos céus é semelhante a um homem, pai de família, que saiu de madrugada a assalariar trabalhadores para a sua vinha. E, ajustando com os trabalhadores a um dinheiro por dia, mandou-os para a sua vinha. E, saindo perto das nove horas, viu outros que estavam ociosos na praça. E disse-lhes: Ide vós também para a vinha, e dar-vos-ei o que for justo. E eles foram. Saindo outra vez, perto do meio-dia e das três da tarde, fez o mesmo. E, saindo perto das cinco horas, encontrou outros que estavam ociosos, e perguntou-lhes: Por que estais ociosos todo o dia? Disseram-lhe eles: Porque ninguém nos assalariou. Diz-lhes ele: Ide vós também para a vinha, e recebereis o que for justo. E, aproximando-se a noite, diz o senhor da vinha ao seu administrador: Chama os trabalhadores, e pague-os, começando pelos últimos... E, chegando os que tinham ido perto das cinco horas, receberam um dinheiro cada um. Vindo, porém, os primeiros, cuidaram que haviam de receber mais; mas do mesmo modo receberam um dinheiro cada um. E, recebendo-o, murmuravam contra o pai de família dizendo: Estes derradeiros trabalharam só uma hora, e tu os igualaste conosco, que suportamos a fadiga e o calor do dia. Mas ele, respondendo, disse a um deles: Amigo, não te faço injustiça; não combinaste tu comigo um dinheiro? Toma o que é teu, e retira-te; eu quero dar a este derradeiro tanto como a ti. Ou não me é lícito fazer o que quiser do que é meu? Ou é mau o teu olho porque eu sou bom? Assim os últimos serão primeiros, e os primeiros últimos; porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos." (Mateus 20:1-15)

Ser o primeiro a ser escolhido quase sempre é uma condição de privilégio. E seguem-se, sensações de alegria, honra e, por vezes, as de superioridade, orgulho desmedido e, não raro, esquecimento dos benefícios alcançados. A parábola relata o desagrado dos primeiros trabalhadores ao se verem tratados da mesma forma que os demais que não trabalharam tanto quanto eles. Essa inveja (disfarçada de clamor por justiça) traz agregados dois outros males: ingratidão e esquecimento. Os primeiros trabalhadores recrutados se esquecem que também foram os primeiros a se livrarem do ócio e das preocupações. Qualquer trabalhador desempregado sabe a angustia de um dia a mais sem atividade. E aqueles foram os primeiros a se tranqüilizarem quanto a isso. Também são ingratos ao não levarem em consideração a dificuldade em se conseguir serviço naquela época e ainda mais com pagamento de uma diária completa. A maior parte da mão de obra livre dos tempos de Jesus trabalhava por bem menos do que isso.  Os primeiros trabalhadores olharam para um dia de trabalho como sendo um dia de desgaste e sacrifício (“suportamos o calor do dia...”). Trata-se de um triste erro de perspectiva. Na verdade, um dia de trabalho remunerado é um dia de benção e de despreocupações. O propósito maior da parábola é ensinar que a Graça de Deus provê a mesma recompensa final (a vida eterna) a todos os escolhidos independentemente da ordem cronológica de suas conversões. O homem que praticou o mal a vida toda, arrependendo-se verdadeiramente, no fim de seus dias gozará os mesmos benefícios que aquele que dedicou-se a fé desde a mais tenra idade. Há uma significativa diferença, porém: enquanto um gozou os benefícios de uma vida íntegra o outro sofreu as conseqüências de suas más ações. Não é tão difícil entendermos isso. Quando ocorre uma catástrofe como um terremoto, nunca se é dada muita ênfase à primeira vítima resgatada e sim à última. Embora ambas sejam igualmente salvas da morte e recebam imediatamente os primeiros socorros, a última vítima resgatada com vida é sempre vista como obra de um milagre. Nesse caso há um senso comum de que quem ficou por último sofreu mais. Da mesma forma, a parábola: os últimos sofreram o desgaste de permanecer o dia todo (até as cinco da tarde) aguardando que alguém os contratasse (o que não deixa de ser algo digno de consideração). Se o fim da jornada de trabalho é às seis, quem ficaria esperando até às cinco para trabalhar apenas por uma hora? Mas aqueles perseveraram na esperança de receberem, ao menos, uma fração de pagamento. Quem olha para tão pouco com tanta esperança não pode também gozar da bondade de um generoso empregador? Mas, quando somos os primeiros, costumamos ignorar o que os outros passaram para poderem chegar aonde nós já chegamos. Deveríamos nos envergonhar.
O patrão da parábola foi “provocativamente sábio” ao ordenar a seu administrador para que recompensasse os trabalhadores na ordem inversa à contratação: dos últimos para os primeiros de modo que estes tivessem alimentada a esperança de receberem mais do que o combinado. Isso acabou por revelar uma falha muito comum: a de julgarmos os méritos dos outros a partir da comparação com o nosso mérito. Quando recebemos algum presente ou recompensa (fora de datas comemorativas principalmente) normalmente dizemos: Não precisava ter se incomodado... Nós nos sentimos “não merecedores” e o presente parece até maior. Mas, caso a mesma pessoa dê um presente maior a alguém próximo a nós... Alguém que não tenha (aos nossos olhos) se esforçado tanto... Aí o mesmo presente que recebemos, o mesmo que nos alegrou instantes atrás, esse mesmo presente fica bem menor.
Podemos ser vítimas de tratamentos injustamente discriminatórios por parte dos homens, mas jamais podemos considerar tal injustiça provinda de Deus. O argumento do proprietário é imbatível: “Não posso fazer o que quero com o que é meu? Ou você se incomoda que eu seja  bom?”.

Aqueles primeiros trabalhadores não ficaram sem pagamento, não receberam menos do que havia sido combinado nem trabalharam mais do que o normal. Sua indignação também não teria se manifestado se eles tivessem recebido antes dos outros. Também não ficariam indignados se os demais tivessem recebido proporcionalmente menos que eles. Em resumo: o que os incomodou não foi algum malefício feito a eles, mas o benefício dado aos outros. Por vezes agimos assim: não aceitamos o perdão dado ao outro, o louvor dado ao outro, a gratidão demonstrada a outro ainda que nós não sejamos prejudicados.

A questão é simples: se fazemos algo por recompensa será injustiça sempre que recebermos menos do que foi estabelecido, mas se fazemos de livre e espontânea vontade (sem esperar nada em troca) não poderemos protestar se outros receberem aquilo de que nós abrimos mão. Esse é o “preço” de se fazer algo “de graça”.  Qualquer coisa é muito para quem não espera receber nada.

Alessandro Mendonça

sábado, 3 de maio de 2014

ETERNA REDENÇÃO

  “Não por meio de sangue de bodes e de bezerros, mas pelo seu próprio sangue, entrou no Santo dos Santos, uma vez por todas, tendo obtido Eterna Redenção(Hebreus 9.12).
I. O que significa esta “eterna redenção”?
A palavra grega se deriva do verbo que significa “libertar ante o recebimento de um resgate”. O redentor é Jesus Cristo, o parente remidor dos eleitos de Deus — “Bendito seja o Senhor, Deus de Israel, porque visitou e redimiu o seu povo” (Lc 1.68). O preço que Jesus pagou em favor da redenção de seu povo foi o seu próprio sangue, derramado em sua morte, no lugar dos eleitos — “o Filho do Homem... veio para... dar a sua vida em resgate por muitos” (Mt 20.28). E o Redentor é também, Ele mesmo, a redenção — “Cristo Jesus, o qual se nos tornou... redenção” (1 Co 1.30). Cristo redimiu seu povo do pecado e de tudo o que a ele se associa.
1. Cristo redimiu de todo pecado — original ou atual, público ou secreto, de comissão ou omissão, de pensamentos, palavras ou ações. “Virá de Sião o Libertador e ele apartará de Jacó as impiedades. Esta é a minha aliança com eles, quando eu tirar os seus pecados” (Rm 11.26,27; Is 59.20,21). “É ele quem redime a Israel de todas as suas iniqüidades” (Sl 130.8). Cristo “a si mesmo se deu por nós, a fim de remir-nos de toda iniqüidade e purificar, para si mesmo, um povo exclusivamente seu, zeloso de boas obras” (Tt 2.14).
2. Cristo nos redimiu da culpa do pecado — o pecado visto com base na justiça de Deus. “O Senhor resgata a alma dos seus servos, e dos que nele confiam nenhum será condenado” (Sl 34.22). “No qual temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça” (Ef 1.7; Cl 1.14); “Sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus” (Rm 3.24). (Redenção é um termo legal e, por isso, está mais relacionado à nossa culpa do que à nossa corrupção.)
3. Cristo nos redimiu do poder do pecado — o domínio do pecado sobre os pecadores. “Visto, pois, que os filhos têm participação comum de carne e sangue, destes também ele, igualmente, participou, para que, por sua morte, destruísse aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo, e livrasse todos que, pelo pavor da morte, estavam sujeitos à escravidão por toda a vida” (Hb 2.14-15).
4. Cristo nos redimiu da punição do pecado — a penalidade de morte merecida pelo pecado, devido à transgressão da lei de Deus. Cristo profetizou a respeito dos eleitos de Deus: “Eu os remirei do poder do inferno e os resgatarei da morte; onde estão, ó morte, as tuas pragas? Onde está, ó inferno, a tua destruição?” (Os 13.14; cf. 1 Co 15.54, ss.) Portanto, “vindo... a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para resgatar os que estavam sob a lei, a fim de que recebêssemos a adoção de filhos” (Gl 4.4,5). “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar” (Gl 3.13). Por conseguinte, Cristo é o único que “da cova [destruição] redime a tua vida” (Sl 103.4).
5. Cristo nos redimiu da presença do pecado — um benefício a ser outorgado por Ele em sua vinda. O Espírito Santo é “o penhor da nossa herança, até ao resgate da sua propriedade” (Ef 1.14). “Também nós, que temos as primícias do Espírito, igualmente gememos em nosso íntimo, aguardando a adoção de filhos, a redenção do nosso corpo” (Rm 8.23). “E não entristeçais o Espírito de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção” (Ef 4.30). “ Então, se verá o Filho do Homem vindo numa nuvem, com poder e grande glória. Ora, ao começarem estas coisas a suceder, exultai e erguei a vossa cabeça; porque a vossa redenção se aproxima” (Lc 21.27-28).
II. Como foi obtida esta redenção? Esta pergunta é respondida em grandes detalhes no capítulo nove de Hebreus.
1. Cristo obteve redenção à maneira tipificada no Antigo Testamento. Arão, o sumo sacerdote de Israel, era um tipo de “Cristo como sumo sacerdote dos bens já realizados”, em favor dos eleitos de Deus (v. 11). O ministério de Arão em santuário terreno e temporário, feito pelos homens, tipificava o ministério de Cristo em um “maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, quer dizer, não desta criação” (v. 11). A entrada de Arão no Santos dos Santos tipificava a entrada de Cristo no “céu, para comparecer, agora, por nós, diante de Deus” (v. 24). Arão, buscando a redenção com o sangue de touros e de bodes em uma bacia, tipificava Cristo, obtendo a redenção com o seu “próprio sangue” (v. 12) — o sangue do Cordeiro de Deus que corria em suas veias. Arão tinha de entrar duas vezes no Santo dos Santos — uma vez para oferecer sangue pelos seus próprios pecados; depois, em favor dos pecados do povo. Ele tinha de fazer isso a cada ano. Cristo, porém, entrou no mais santíssimo de todos os lugares “uma vez por todas” (v. 12) — “uma vez”, porque Ele mesmo não tinha pecado; “por todas”, porque não precisaria entrar ali novamente. Arão ministrava em favor da purificação da carne; “muito mais o sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, a si mesmo se ofereceu sem mácula a Deus, purificará a nossa consciência de obras mortas, para servirmos ao Deus vivo!” (v. 14.). Por intermédio da misericórdia, Arão recebia o perdão anual. Cristo, o Sumo Sacerdote, “eterna redenção”.
2. Cristo obteve eterna redenção para aqueles aos quais ela estava prometida, mas ainda não outorgada nos dias do Antigo Testamento (v. 15). “Por isso mesmo, ele é o Mediador da nova aliança, a fim de que, intervindo a morte para remissão das transgressões que havia sob a primeira aliança, recebam a promessa da eterna herança aqueles que têm sido chamados” (v. 15). Por essa razão, Jacó profetizou a respeito de Cristo como o “Anjo que me tem livrado de todo mal” (Gn 48.16). E Jó pôde exclamar: “Porque eu sei que o meu Redentor vive e por fim se levantará sobre a terra” (Jó 19.25).
III. Por que esta redenção é “eterna”?
1. Ela foi planejada na eternidade.
a. O Redentor foi predestinado (1 Pe 1.18-21): “Sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais vos legaram, mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo, conhecido, com efeito, antes da fundação do mundo, porém manifestado no fim dos tempos, por amor de vós que, por meio dele, tendes fé em Deus, o qual o ressuscitou dentre os mortos e lhe deu glória, de sorte que a vossa fé e esperança estejam em Deus”.
b. Os redimidos foram predestinados. Todos os que foram redi- midos por Cristo e que, por conseguinte, crerão em Deus, por meio de Cristo, são identificados como pessoas “cujos nomes... foram escritos no Livro da Vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo” (Ap 13.8; 17.8).
2. Ela é eficaz por toda a eternidade.
a. Nenhum daqueles em favor dos quais Cristo derramou seu sangue, para redimi-lo, será considerado por Deus como não-redimido. Cristo ofereceu-se a Si mesmo “pelo Espírito eterno” — quer seja o seu próprio espírito divino, quer seja a terceira Pessoa da bendita Trindade — para que eles “recebam a promessa da eterna herança” (v. 15). Ele prometeu a cada um dos redimidos: “De modo nenhum apagarei o seu nome do Livro da Vida” (Ap 3.5). Portanto, o céu será a habitação de todos “os inscritos no Livro da Vida do Cordeiro”, desde a eternidade (Ap 21.27). E todos eles, predestinados a serem redimidos, cantarão a Cristo, na glória: “Digno és... porque foste morto e com o teu sangue compraste para Deus os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação” (Ap 5.9; cf. 14.3,4).
Esta verdade expõe a falsa doutrina chamada de “expiação geral ou ilimitada”. De acordo com este engano, Cristo pagou a preço de redenção por todos os membros da raça humana, sem exceção, e não apenas “por muitos”, conforme Ele mesmo declarou (Mt 20.28). No entanto, eles dizem que a obra de expiação realizada por Cristo não é eficaz até que o pecador a torne eficaz, por crer em Jesus. Dizem também o seguinte: visto que alguns, ou talvez muitos, em favor dos quais o Senhor Jesus morreu nunca crerão nEle, eles morrerão em seus pecados e perecerão, não-redimidos. Além disso, muitos que expõem este erro também negam a eficácia eterna de sua própria redenção. Eles afirmam que alguém, havendo tornado, por meio da fé, a sua redenção eficaz, pode cair em pecado, perder a sua salvação e morrer, conseqüentemente, não-redimido.
b. Nunca será necessário repetir este sacrifício redentor (vv. 12, 26-28) — “Pelo seu próprio sangue, entrou no Santo dos Santos, uma vez por todas, tendo obtido eterna redenção... agora, porém, ao se cumprirem os tempos, se manifestou uma vez por todas, para aniquilar, pelo sacrifício de si mesmo, o pecado... Cristo, tendo-se oferecido um vez para sempre para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o aguardam para a salvação”.
Afirmar que este sacrifício redentor, realizado “uma vez por todas”, tem de ser repetido significa estar crucificando de novo “para si mesmos o Filho de Deus e expondo-o à ignomínia” (Hb 6.6). Todavia, isto é feito por aqueles que observam o que chamam de Sacrifício da Missa, que definem como “o verdadeiro sacrifício do corpo e do sangue de Cristo presentes no altar, por meio das palavras de consagração; uma representação e renovação da oferta realizada no Calvário” (Dicionário Católico, estampado com o imprimátur de um vigário-geral). Por meio da fé em Cristo, você já recebeu a segurança de que Cristo obteve “eterna redenção” para você? tendo obtido eterna redenção.
Hebreus 9.11,12
Fonte: Revista "Fé para Hoje" - Editora Fiel