terça-feira, 10 de dezembro de 2013

O INIMIGO DO VERDADEIRO NATAL

A HISTÓRIA DO “PAPAI NOEL”
Seu nome era Nicolau nasceu no século 3, em Patras, na Grécia. Quando seus pais morreram, ele doou todos os seus bens e optou pela vida religiosa. Com apenas 19 anos, foi ordenado sacerdote e logo tornou-se arcebispo de Mira. Dizia-se que na cidade em que ele nasceu viviam três irmãs que não podiam se casar por não ter dinheiro para o dote. O pai das meninas resolveu, então, vendê-las conforme fossem atingindo a idade adulta. Quando a primeira ia ser vendida, Nicolau soube do que estava acontecendo e, em segredo, jogou através da janela uma bolsa cheia de moedas de ouro, que foi cair numa meia posta para secar na chaminé. A mesma coisa aconteceu quando chegou a vez da segunda. O pai, afim de descobrir o que estava acontecendo, permaneceu espiando a noite toda. Ele então reconheceu Nicolau, e pregou sua generosidade a todo o mundo. A fama de generoso do bom velhinho, que foi considerado santo pela Igreja Católica, transcendeu sua região, e as pessoas começaram a atribuir a ele todo tipo de milagres e lendas. 
Em meados do século 13, a comemoração do dia de São Nicolau passou da primavera para o dia 6 de dezembro, e sua figura foi relacionada com as crianças, a quem deixava presentes vestido de bispo e montado em burro. Na época da Contra-reforma, a Igreja católica propôs que São Nicolau passasse a entregar os presentes no dia 25 de dezembro, tal como fazia o Menino Jesus, segundo a tradição destes tempos.
 Os holandeses, no século 17, levaram para os Estados Unidos a tradição de presentear as crianças usando a lenda de São Nicolau - a quem eles chamavam Sinter Klaas. Os verdadeiros impulsores do mito de Santa Claus - nome que o Papai Noel recebeu nos Estados Unidos - foram dois escritores de Nova York. O primeiro, Washington Irving, escreveu em 1809 um livro em que São Nicolau já não usava a vestimenta de bispo, transformando-o em um personagem bonachão e bondoso, que montava um cavalo voador e jogava presentes pelas chaminés. Em 1823, um poema de um professor universitário, Clement C. Moore, enalteceu a aura mágica que Irving havia criado para a personagem, trocando o cavalo branco por renas que puxavam um trenó.
Ao longo do século 19, Santa Claus foi representado de muitas maneiras. Ele teve diferentes tamanhos, vestimentas e expressões, desde um gnomo jovial até um homem maduro de aspecto severo. Em 1862, o desenhista norte-americano de origem alemã Thomas Nast realizou a primeira ilustração de Santa Claus descendo por uma chaminé, embora ainda tivesse o tamanho de um duende. Pouco a pouco ele começa a ficar mais alto e barrigudo, ganhar barba e bigode brancos e a aparecer no Pólo Norte.
O atual Papai Noel, de roupa vermelha e saco às costas, nasceu nos Estados Unidos, na metade do século XIX, como um São Nicolau sob a forma de um gnomo ou duende e, logo em seguida foi transformado em um simpático velhinho. Ele é introduzido na Europa depois da Primeira Guerra Mundial e se impõe pouco a pouco pela pressão comercial.
O símbolo de Santa Claus foi logo utilizado pela publicidade comercial. Em 1931, a Coca-Cola encomendou ao artista Habdon Sundblom a remodelação do Santa Claus de Nast para torná-lo ainda mais próximo. Sundblom se inspirou em um vendedor aposentado e assim nasceu - de uma propaganda da Coca-Cola! - o Papai Noel que a gente conhece.

Os “atributos” do Papai Noel:
a) Onisciência – Conhece cada criança e seu comportamento. E poderosamente conhece o pedido de cada uma.
b) Onipresença – Numa única hora, consegue estar em todos os lugares, na difícil missão de descer pela chaminé e deixar o presente.
c) Onipotência – Tem poder para Julgar , fazer renas voarem e ainda para controlar o tempo.
d) Eternidade - É sempre o mesmo por séculos

Os Presentes de Natal:
Os presentes recebidos ou doados por ocasião do natal relembram o maior presente já recebido pelo homem, que é a salvação em Jesus Cristo. O uso de presentes nessa época simboliza a união ou comunhão existentes através de Cristo (cf Mt 2.1 – Os reis levaram presentes para o Senhor). Mas, o “bom velhinho” distorce algo de bom. Os pais precisam ensinar seus filhos que todas as dádivas vêm de Deus, e não do “garoto-propaganda” da Coca-cola (cf Tiago 1.17).

Conclusão
O atual “papai Noel” cheio de misticismos e lendas de duendes está longe daquilo que Nicolau era. Além de escravizar as crianças e adultos com o consumismo exagerado, esse moderno papai Noel quer tomar o lugar de Deus. Sim, pois somente o SENHOR é Onisciente e Onipresente: “SENHOR, tu me sondas e me conheces. Esquadrinhas o meu andar e o meu deitar e conheces todos os meus caminhos. Ainda a palavra me não chegou à língua, e tu, SENHOR, já a conheces toda. Se subo aos céus, lá estás; se faço a minha cama no mais profundo abismo, lá estás também” (Sl 139.1,3,4,8). Somente Deus é onipotente: “Bem sei que tudo podes, e nenhum dos teus planos pode ser frustrado.”(Jó 42.2); e somente Ele é Eterno: “Antes que os montes nascessem e se formassem a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus.” (Sl 90.2).
Embora Nicolau tenha sido um homem bom, por ajudar ao necessitado, Satanás tornou sua imagem inimiga do nascimento e da cruz de Cristo: “pois surgirão falsos cristos… para enganar, se possível, os próprios eleitos.” (Marcos 13.22). Não se deixe enganar, o verdadeiro natal é o nascimento de Cristo e não a visita do papai Noel. De bonzinho, o atual papai Noel, não tem nada.
Rev. Ronaldo P. Mendes.